TEXTO E ENUNCIAÇÃO
Leia este conto de Ricardo Ramos:
Chinelos,
vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme
de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça,
meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves,
lenço. Relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, cadeiras,
xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro.
Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda,
copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada,
de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara
pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales,
cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete,
cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de
papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo,
quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia. Água. Táxi, mesa, toalha, cadeiras,
copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa
de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone,
revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis,
prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo,
papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara,
jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de
fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras,
pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona,
livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras,
camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta,
cama, travesseiro.
*Ricardo Ramos nasceu em Palmeira dos Índios, em 1929, ano em que o pai
Graciliano Ramos exercia a função de prefeito. Formado em Direito, destacou-se
como homem da propaganda, professor de comunicação, jornalista e escritor em
São Paulo. Sua obra literária é extensa: contos, romances e novelas, e
representa, com destaque, a prosa contemporânea da literatura brasileira.
(Fonte)
Questões
Leia o fragmento abaixo
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental,
água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina,
sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca,
camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira níqueis,
documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforo.
Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo.
Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro,
papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula,
pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis,
cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone,
relatórios, cartas, notas, vales, cheques. (...).
Ø
A partir da leitura do fragmento acima, é verdadeiro dizer que:
Escolha uma:
Escolha uma:
a. o fato de não ter relações sintáticas não nos permite atribuir sentido ao texto, pois palavras soltas, sem coesão não permitem criar um texto.
b. o texto tem sentido em somente algumas partes, mas não possui unidade
de sentido (coerência);
c. apesar que não haver ligações sintáticas entre as partes do texto
(coesão), é possível atribuir um sentido unificado a ele quando o relacionamos
com o nosso conhecimento do real (situacionalidade);
d. não é possível dizer que se trata de um texto, pois não tem sentido;
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