RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISONADO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

 INTRODUÇÃO

              O Estágio Supervisionado do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional ocorreu nas dependências da Escola Municipal Navarro de Brito, localizada na Avenida Cajueiro, s/n , no município de Itapé, fundada em 1970,  recebendo esse nome em homenagem ao então Secretário de Educação Luís Augusto Fraga Navarro de Brito.

              A primeira diretora foi a professora Marlene Luzia de Oliveira Niella. No início a rua que dava acesso a escola não era pavimentada e os alunos e professores enfrentavam lama quando chovia. Não dispunha de material didático , e nem de tecnologias. Também não tinha zelador e os professores eram responsáveis pela limpeza do prédio.

             A Escola Navarro de Brito foi construída pelo Governo do Estado da Bahia e municipalizada em 1999, sendo, portanto, a Prefeitura Municipal de Itapé sua entidade mantenedora nos dias atuais.

              Cabe salientar que o Estágio Supervisionado teve o objetivo de observar e sobrepor os conhecimentos adquiridos Com a carga horária de 80 horas, com oito sessões. Entretanto, o desenvolvimento deste trabalho compartilha uma apreensão relativa à aprendizagem, a prática, buscando explanar hipóteses, que elenque todos os processos e níveis tornando e considerando todas as ações objeto para estudo.

2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

              O Estágio foi realizado na Escola Municipal Navarro de Brito, na cidade de Itapé-Bahia , situado na zona urbana na Av Cajueiro , s/n, sob a direção da Sra. Fernanda Cardoso Simões  e coordenador o Sr. Gilmar Francisco dos Santos . A escola atende a população local oferecendo 3 e 4 série do Ensino Fundamental I  e 4 e 5 Ano do Ensino Fundamental para crianças de 09 anos. Os cursos estão distribuídos em dois turnos : matutino e vespertino, perfazendo quatro turmas em cada turno.

2.1 Horários de funcionamento

              A escola atende seus alunos no período da manhã , no respectivo horário: 7:30 às 11:45hs , e no período da tarde: 13:00 às 16:45.

2.2 Corpo de apoio

              Sua equipe de apoio é formada por uma servente, um secretário, uma vice-diretora, duas cozinheiras e um porteiro.

2.3Corpo docente

              A Escola tem em seu quadro funcional doze professores, sendo que somente uma professora não tem nível elevado em sua formação: Graduação e Pós-Graduação com especializações em suas respectivas áreas de conhecimento.

 2.4 Corpo discente

             A clientela recebida nesta escola é de baixa e média renda familiar, desenvolve sua cultura compartilhando dos acontecimentos na comunidade e na escola. Os pais destes alunos assistidos pela instituição têm o nível de aprendizagem em mutações, sendo uns alfabetizados outros semi-alfabetizados e até mesmo analfabetos.

2.5 Comunidade

            As fundamentais atividades econômicas das pessoas da comunidade atendida pela escola são na maioria professores, pescadores, funcionário público, autônomos, domésticas, entre outros.  A escola estabelece relações com a comunidade através de palestras, reuniões de pais e eventos. Nesta comunidade não existe aluno em idade escolar fora da escola, todavia existem alguns alunos com jornada formal/informal de trabalho, no campo, auxiliar de pedreiro, pescadores, pois ajudam seus pais no trabalho. Vale ressaltar que todos os anos, uma boa parte dos alunos viajam com seus pais  para Linhares –Es, pois colhem café para vender, sendo uma fonte de renda para uma boa parte da população itapeense.

            A instituição dispõe de indicadores como índice de evasão, índice de aprovação, índice de distorção idade/série e IDEB. E também se tem um documento que norteia toda a escola o referido Projeto Político Pedagógico, que foi elaborado com a participação de toda comunidade escolar, a mesma se aplica as diretrizes Curriculares do MEC. e o Regimento Escolar sendo parcialmente conhecido pela comunidade.

              Os educadores recebem apoio e orientação no seu desenvolvimento da prática pedagógica sistematicamente, com todo apoio prestado pela Direção, Coordenação e Secretaria de Educação. Para melhoria do Currículo a escola realiza ações com vistas em projetos, que proporciona o desenvolvimento da ação para melhoria da aprendizagem dos alunos tais como: Aulas de reforço, realizadas em outro espaço, Saúde na Escola, Torneio, Leitura, Gincanas de Conhecimentos, Meio Ambiente. As avaliações são quantitativas e qualitativas atendendo as necessidades relacionadas a aprendizagem dos alunos.

2.6 Processo de Planejamento Geral Desenvolvido na Escola Navarro de Brito

- Planejamento Pedagógico _Anual/Bimestral

-Planejamento Financeiro _ Anual - PDDE.

              A unidade escolar concretiza uma jornada Pedagógica correspondendo ao calendário escolar. O tempo que é garantido na jornada de trabalho não é suficiente, nesse processo de planejamento o público alvo acolhido é o diretor, coordenador, professores, alunos, servidores, técnicos administrativos. No processo são ressalvados os seguintes itens: diagnóstico, análise e identificação de problemas, definição de metas, objetivos e estratégias, definição de formas de acompanhamento e avaliação. Os planos produzidos todos têm conhecimento e acesso sendo consultados com frequência.

              São usados alguns discernimentos para a composição e organização das turmas como idade, aprendizagem distorção idade/série. Quanto a utilização do tempo previsto as aulas e outras atividades tem se cumprido com eficácia , salientando os problemas relativos as faltas , atrasos e a indisciplina dos alunos, a unidade escolar tem a apreensão e determinação  de se trabalhar estes aspectos através de diálogo entre  professor/aluno /comunidade, propostos ao conselho tutelar e Assistência Social. Segundo a direção Português citada como a disciplina mais complexa ,censurada de ensino, temos dado um grande sustentáculo com aulas de reforço em horários opostos , facilitando a aprendizagem dos alunos.

              O espaço físico está em condições satisfatória, sendo o imobiliário como carteiras de alunos suficientes e em boas condições de uso. A instituição não possui biblioteca, nem sala de leitura, mas um jardim imenso com muitas árvores e gramas, possibilitando um excelente espaço para a leitura , brincadeiras , reuniões entre outras coisas,  ao ar livre. Entretanto, já adotou a acessibilidade para pessoas especiais e o espaço físico contribui para que a atividade pedagógica ocorra de forma adequada. A comunidade escolar mantém o espaço físico e contribui para sua preservação.

2.7 Avaliação da Aprendizagem da Escola Navarro de Brito

              Avaliação como um item complementar da Prática Pedagógica deve ser ponderada como um meio e não como um fim de constatar os objetivos definidos, como foi dito anteriormente a escola não possui parâmetros de avaliação, o único mecanismo utilizado para avaliar aprendizagem dos alunos testes, esta ferramenta não responde a necessidade de professor/aluno, as formas de registro dos resultados da aprendizagem que a escola adota e a nota registro descritivo bimestralmente, O foco que a escola considera e está no Projeto Político Pedagógico sob a avaliação dos alunos: conteúdos determinados para cada série, pontualidade, comportamento, participação, assiduidade e interação com grupo. Não, há argumentos em a discussão das práticas avaliativas. A escola possui uma semana de prova para todas as classes. O princípio de recuperação paralela é realizada uma semana após a prova, retomando os conteúdos fazendo revisão, esse sistema não responde as necessidades nem as incitações dos alunos.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

OBSERVAÇÃO A PROFESSORA

              O primeiro contato com a professora foi por meio da vice-diretora, e do coordenador,   nos dando a oportunidade de elucidar nosso trabalho e nossos desígnios para com a criança, os mesmos se mostraram animados com a escolha de sua turma, e marcamos os dias de observações. As observações da Professora foram feitas em duas ocasiões, nas duas demonstrou-se uma professora calma, consagrada com métodos tradicionais. Inclusive na segunda observação as crianças estavam mais animadas, pois a professora faria um bingo com direito a brindes para aqueles que mais acertassem as atividades, envolvendo os alunos de forma lúdica e criativa.

            Não há preocupação em adaptar as atividades propostas aos diferentes níveis de aprendizagem de cada aluno em sala. As crianças em sua maioria são comportadas, mas há exceções do tipo que apresentam déficit de comportamento, e de aprendizagem, comprometendo o desenvolvimento dos demais.

OBSERVAÇÃO DO ALUNO

              As observações do aluno E.S.S. , foram feitas em  oito dias diferentes e em horários diferentes, tendo a oportunidade de observar distintas maneiras em períodos diferentes, o aluno chega a escola cedo, aparentemente triste senta-se no fundo da sala sem muito contato com os demais, só fala com alguém se falarem com ele, pois todos sabem que ele desenha muito bem e os colegas sempre pedem que ele desenhe, durante todos os  momentos calmo, poucas vezes olha para o quadro como se a  aula não apresentasse atrativos suficientes para prender sua atenção, observando o seu comportamento diante dos seus colegas , é de uma criança sem carinho, sempre conservar-se meditativo com pensamentos longe, olhando para o nada. O aluno só possui um caderno desorganizado, com poucas pautas, lápis e borracha, averiguando o caderno de todos os alunos inclusive o dele podemos entender que as atividades de casa não são respondidas por inúmeras causas, entre eles por não saber ler e escrever e não ter o acompanhamento familiar adequado, as atividades de sala não são desenvolvidas, quando copiadas , sua letra não é muito legível, exibe uma caligrafia irregular, percebemos que a sua escrita refere-se há muitas aparências, que necessitamos desvendar.

              Apresenta conhecimento de algumas letras do alfabeto ditadas e explicadas. O lanche da escola é servido na cantina e os alunos devem fazer fila para adquirir, mas ele pouco se importa em ficar no fim da fila, continuando sempre calmo , e  após o lanche são liberados para o intervalo, onde os alunos brincam , mas ele novamente volta para a sala de aula  e fica quietinho, sem mexer com ninguém, e quando os colegas  retornam a sala, sem mudança, ele permanece na dele sem estímulo para com as atividades.

REGISTRO DA QUEIXA

              E.S.S. , está cursando a terceira série do Ensino Fundamental I,  estuda na Escola Municipal Navarro de Brito localizada na cidade de Itapé- Ba. No turno matutino.

A professora, juntamente com a direção da escola apresentaram as seguintes queixas:

( x) O menor apresenta comportamento tranquilo em sala de aula;

(x) Totalmente distraído, tímido;

( x) Não consegue acompanhar as atividades interdisciplinares;

( x) Não consegue desenvolver habilidades na leitura e escrita;

( x) Não reconhece caracteres;

1 SESSÃO ANAMNESE

              A anamnese do sujeito E. S. S.  Foi realizada no dia 10/10/2013,     com a intenção de coletar informações entre elas estrutura familiar, desenvolvimento infantil, desenvolvimento sócio-afetivo desenvolvimento escolar, e possíveis causas de suas dificuldades.

              O menor E. S. S. 10 anos, do sexo masculino, brasileiro, cursando a 3ª série do Ensino Fundamental I, no período matutino, Escola Navarro de Brito, situada na Av: Cajueiro ,s/n, Bairro Alto do Socorro . Filho de Reginaldo Souza Silva, 34 anos , pedreiro, cursou até a quarta série do  Ensino fundamental I e Luciene Rosário dos Santo , 48  anos, dona de casa, brasileira, cursou até a quinta série do Ensino Fundamental I, residente a rua: Boa Vista  nº 87, Bairro Luiz Viana Filho, Itapé-Bahia. O menor E. S. S. , não reside com o pai , mas com sua mãe , avó, bisavó,  e um irmão, sendo sua avó com mais de 70 , sua bisavó com mais de 100 e seu irmão com 11 anos, contudo, há um bom relacionamento entre todos.

              Cabe salientar que a Senhora L. R. S., já tinha conhecimento das dificuldades de aprendizagem do menor, confirmando que o mesmo já repetiu a segunda série duas vezes, mas por motivo de idade/série, foi transferido para a terceira série sem desenvolver capacidade nenhuma em leitura e escrita, a mesma comunicou que o menor só sabe desenhar, e que não se interessa em aprender , observou também  que é o menor sempre fica quieto, e sabe também que ele nos estudos, apresenta baixo rendimento. A família até o momento não procurou ajuda de especialista na área.

              Todavia, não possuí muito amigos, só seu irmão e um primo, gosta de brincar de bola com o irmão, sempre perto de casa, às vezes sobe nas, árvores, respeita os horários para banho e dormir. Quanto ao desenvolvimento sexual, manifesta pouca curiosidade, não sendo orientado por seus pais, e nem avós. No convívio social, tem poucos amigos, relaciona-se pouco, se bate nele ele não devolve, não é nervoso e nem agitado afirmou sua mãe.

              Sucessivamente foi uma criança saudável, não existem relatos de doenças infantis. Durante toda gestação a senhora, já citada estava tranquila emocionalmente, seu filho era muito desejado pelo casal, não houve dificuldade no parto, sendo realizado na Maternidade  Ester Gomes , chamada por todos de Maternidade da Mãe Pobre,  em Itabuna - Bahia. O menor nasceu de parto normal, aos nove meses, medindo trinta e dois centímetros e pesava 3,880 kg, e nunca apresentou complicações na saúde, sempre um menino sadio.

              Possui alimentação saudável, não mamou muito no peito, pois sua mãe não dispunha de muito leite , largou a chupeta com facilidade,  passou para a mamadeira com facilidade, aos três meses iniciou alimentação sólida, com o nascimento dos dentes  não teve reação , não há problemas na alimentação atual, pois tem um ótimo organismo, e aprecia os alimentos  por livre espontânea vontade. Não apresenta problemas no sono, tem um sono tranquilo, há horários para acordar e dormir, entretanto, dorme entre 10 ou 12hs por dia. Teve um bom desenvolvimento motor, aos quatro meses sustentava a cabeça, sentou aos cinco meses, engatinhou, ficou em pé aos seis meses e andou com um ano, não caía com facilidade, não se machucava, havia proteção dos familiares presentes, não possuía facilidade de manipular objetos, dificuldades atuais só escolares. Não apresentou nenhuma dificuldade, deixou de usar fraldas aos dois anos, e não usou “pinico” foi direto ao vaso sanitário, sempre que a criança esquecia era lembrada pela mãe , pois é bastante calma, assim como seu filho E.S,S.

              Desenvolveu a linguagem também com um ano, sem dificuldades. Começou as séries iniciais na Escola Almerinda Modesto também em Itapé-Bahia. Sempre foi um menino calmo e nunca recebeu reclamações das professoras sobre indisciplina, mas só chamavam atenção dos seus responsáveis, porque o aluno já se demonstrava desinteressado e com muitas dificuldades na aprendizagem.

Observações: A Senhora L. R. S., em todos os momentos respondeu as questões com muita tranquilidade e muita clareza.

2ª SESSÃO – EOCA 

              O menor E. S. S., chegou ao local conduzido pelas estagiárias  no momento combinado, sendo conduzido a uma sala específica, onde foi realizadas as sessões de atendimento Psicopedagógico.

              Neste primeiro momento o mesmo se deparava envergonhado, mas calmo, e apresentamos para ele todo o material exposto na mesa, entre eles lápis, borracha, folhas, lápis de cor, de cera , lápis sem ponta, dominó, pega varetas, gibis, livros de leitura bem ilustrados para crianças, animais em miniaturas, régua, alfabeto móvel, quebra-cabeça entre outros, mas o que chamou a  atenção do menor foi papel de ofício, pois adora desenhar. Está primeira sessão de investigação ao nível de aprendizagem da leitura e da escrita, no reconhecimento de números, lateralidade, formas geométricas, entre outras nos dará condições para direcionarmos as futuras atividades oferecidas ao paciente na conclusão de seu diagnóstico.

              Iniciamos a sessão de entrevistas, após algumas perguntas o mesmo deixa de responder, conservar-se diante das folhas e iniciou seu desenho, e permanecemos a fazer questionamentos, e ele timidamente respondia, pois já tínhamos conquistado sua confiança. Na folha de ofício: Faça um desenho o que você quiser e pode utilizar qualquer material, e ele mostrou interesse pela variedade de objetos, mas escolheu simplesmente lápis e papel de ofício, enquanto desenhava em silêncio, algumas perguntas foram feitas e foram respondidas entre elas o que ele gostava de fazer, sua resposta foi imediata: desenhar super-heróis , incluímos sua resposta ao desenho, já que seu desenho foi irrefletido, ao perguntar sobre o desenho continuou em silêncio, perguntamos outra vez e ele respondeu tranquilamente  o nome de alguns personagens.

              No incremento das atividades incluídas ao alfabeto ilustrado, não houve sucesso no reconhecimento, persistimos novamente mostrando os desenhos e as letras de uma forma lúdica, na tentativa de improvisar , fazendo com que ele relacionasse as letras ao desenho, E. S.S, comparou algumas figuras as letras com dificuldades. Sendo as letras:

                                B-C-D-F-G-H-J-L-M-N-P-Q-R-T-V-W-Y

              Na identificação das cores do lápis de cor ele conhece todas as cores , quanto aos números móvel apresentados, ele não  sentiu dificuldade e conseguia pronunciar na sequência numérica de 0 à 10, identificando qualquer número.

Observamos nesse primeiro momento que:

(x)  Paciente demonstrava grafia trocada, disgrafia;

(x) Conhecimentos Pedagógicos inferiores a sua idade;

(x)Apresenta-se calmo e perceptivo;

(x)Paciência nas perguntas;

(x)Concentração na elaboração do desenho e pintura;

(x)Não houve questionamento em nenhum momento;

( x) Não organizou os materiais, e nem ajudou a guardar o material;

( x) O aluno permaneceu calado, mas respondia com poucas palavras as perguntas;

              Possibilitamos total liberdade de expressão para o aluno, mas ele só dialogava quando perguntávamos alguma coisa, permanecendo calado.

3ª SESSÃO – ATIVIDADE LÚDICA 

              Trabalhamos com atividades lúdicas para confirmação do Diagnóstico Psicopedagógico com a temática concentração, percepção e atenção, foram utilizados alguns jogos para incentivar a participação do aluno. Recebemos o aluno com algumas dinâmicas divertidas , mas o aluno não se animou, dando prosseguimento às atividades, proporcionamos um quebra-cabeça bem ilustrado para que ele desmontasse e em seguida armasse, então   perguntamos a ele se conhecia, e se queria tentar, e ele disse que sim , então fornecemos o quebra-cabeça e a ordem das imagens propostas ao lado, mas no decorrer do tempo ele não conseguiu desenvolver corretamente, e afirmou que estava sem querer terminar , então partimos para outra atividade pega-vareta, nesse ele demonstrou pouco interesse, mas por alguns minutos permaneceu concentrado logo apresentou desânimo e desistiu  do jogo,  numa estremeção ele se voltou à caixa de brinquedo e pegou alguns lápis de cor e se determinou a desenhar novamente, então o deixamos por alguns minutos , e partimos para próxima atividade de memória de frases: escute e repita as frases, onde continha sequência só acertou três , escute e responda: onde tem coisas estranhas, ele  percebeu e repetiu as frases com facilidade oral, percebendo os absurdos.

              O objetivo dessa atividade é percepção e concentração, após a leitura de cada frase ele teria que repetir identificando os absurdos que foram empregadas nas frases,  para melhor percepção utilizamos situações do seu cotidiano. Como última atividade alfabeto móvel emborrachado, consigna: forme seu nome com as letras, mas ele acertou algumas letras.

              Nessa sessão as atividades foram concluídas com muito êxito, na arrumação do alfabeto foi solicitado que encaixasse as letras nos devidos lugares do alfabeto móvel, por diversas vezes o aluno errou.

(x) As cores foram identificadas;

(x) Houve percepção;

( x) Houve memória de relatos em partes

(x) Não reconhece as letras;

(x) O aluno demonstrava um pouco de desânimo e cansaço;

(x) Permanecendo sempre em silêncio , só respondia sem perguntasse , não tem assunto;

(x) Apresenta dificuldade na pronúncia de algumas palavras;

(x) Tom de sua voz muito baixa em alguns momentos apenas articulava os lábios com expressões leves;

(x) Não apresenta  muitas dificuldades de compreender e executar comandos.  

4ª SESSÃO – SESSÃO DE ATIVIDADES  18/10/2013

              No desenvolvimento das atividades, dessa sessão, tentamos identificar o nível de conhecimento pedagógico do aluno, e para iniciar utilizamos uma ginástica, onde perguntávamos onde estava: cabeça ,braço, barriga, ombro, joelho e pé ,e o menor  foi tentando acompanhar  as perguntas e seguia os movimentos até aprender, então pedimos para que ele  levantasse o braço direito, depois o esquerdo, logo após a perna direita, depois a perna esquerda e ele errou várias vezes, trocando a esquerda pela direita. Dando continuidade as atividades, entregamos uma folha de ofício: leia a imagem e complete as palavras com as letras que faltam, ele se posicionou diante da atividade, mas sua dificuldade foi imensa  em identificar as letras, então trocamos a atividade pelo alfabeto móvel, após ler junto com o menor diversas vezes inclusive fora da sequência, voltamos a atividade anterior ,mas  ele só conseguia completar as palavras, com a nossa ajuda , apresentou uma ortografia pouco legível, partindo para próxima atividade, ligar os desenhos às letras dos animais, essa foi desenvolvida  rapidamente e com certeza nas respostas, a penúltima atividade : ouça o nome e ligue as figuras correspondentes,  e conseguiu  desenvolver a atividade  corretamente.

Nessa sessão algumas atividades foram concluídas com êxito

(x)  Conseguiu compreender e executar os comandos;

(x) Apresentou com algumas dificuldades conhecimentos de lateralidade; Esquema corporal;

(x) Nas vezes que são trabalhadas as vogais com  material concreto ele assimila;

( x) Apresentou conhecimentos da organização espacial;

(x)  Desenvolveu coordenação visual motora;

( x) Apresentou desenvolvimento Psicomotricidade.

5ª SESSÃO – ( Teste Projetivo –Desenho Livre e da Família)  25/10/2013

              Dando início as atividades explicando ao aluno E.S.S., como seriam desenvolvidas as atividades daquele dia e pela primeira vez demonstrou-se animado, então sugerimos que desenhasse o que aprendeu na escola e ele ficou parado, pensativo e sem ação,logo depois de alguns minutos, desenvolveu seu desenho, e pedimos que pintasse e começou a pintar, ficando em silêncio,  dando continuidade, pedimos que desenhasse sua família  e com muita facilidade começou a desenhar , e perguntamos sobre o desenho da sua bisavó , mas não deu resposta, desenhando-a tranquilamente, então solicitamos sobre a  pintura,  e começou a pintar sempre com cores claras ,entretanto,  comentando sobre os personagens do desenho ele pouco falava mas compreendemos que seria ele,  sua mãe , avó, bisavó e o irmão, percebemos que o menor não fez o desenho do pai, no primeiro desenho solicitado , ele fez  vários bichos de desenhos animados , depois solicitamos que desenhasse uma festa de aniversário e iniciou o desenho, mas não quis pintar e desenhou mais uma vez os personagens de desenhos animados , sendo o Mickey  o Pato Donald e algumas borboletas e  quando perguntamos sobre o desenhos, novamente ele respondeu bem baixinho dando a entender o que está registrado, na última atividade  pedimos que desenhasse sua casa, começou a desenvolver um lindo desenho, então perguntamos se queria uma atividade para copiar mas ele disse que não, afirmando está muito cansado.

Observações:

              No 1º desenho: não apresenta vínculo positivo com aprendizagem, distanciamento afetivo, e desvalorização a si mesmo, quanto ao ambiente, alegre e satisfatório.

No 2º desenho: Sente-se seguro, tem a família como referência para desenvolver e associar modelos de aprendizagem e vínculo com a mãe, e irmãos distanciamento somente com  o pai.

No 3º desenho: Apresenta vínculo negativo com aprendizagem, supervalorização ao mundo de fantasias, apresenta vínculo positivo com vários personagens de desenhos animados.

No 4º desenho: vínculo positivo pelo tamanho do desenho, quanto ao personagem principal  há identificação se é o maior ou menor, que pode está relacionado a liderança, submissão ou ser vítima do grupo. 

6ª SESSÃO – ATIVIDADES LÚDICAS CENTRADA NAS PROVAS OPERATÓRIAS  29/10/2013

              Desenvolver atividades fundamentadas nas Provas Piagetianas, com o objetivo de averiguar o nível cognitivo em que o menor se encontra, para realização utilizamos diversos materiais que nos auxiliaram no desenvolvimento das atividades.

Provas para pensamento operatório concreto de acordo com sua idade: 10 anos

Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente.            

              Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física)

.http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm

Seriação:

Nessa prova utilizamos 10 palitos de fósforo, com uma diferença de 5 mm de altura entre um e outro:

(x) O menor desenvolveu a prova com facilidade;

( x) Atingiu o nível desejado.

Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos:

              Primeiramente mostramos uma bandeja onde continha as fichas de conservação, a primeira igualdade inicial, seguida por termo a termo, Transformação espacial, Segunda transformação espacial, Terceira transformação espacial:

( x) Conseguiu desenvolver a conservação de correspondência numérica;

(x) Atingiu  o nível desejado .

Conservação de massa:

              Diante do menor apanhamos duas barras de massinha de modelar de cores amarela e azul claro por serem cores predominadoras em seus desenhos. Perguntando a ele se eram do mesmo tamanho ele confirmou, então perguntando novamente se a barrinha for cortada em cubos , talhamos na frente do aluno, se ainda permanece na mesma quantidade, sua resposta foi não, e perguntamos porquê ele disse “ tá menor que antes”:

( x)  Conseguiu desenvolver a conservação de massa;

( x) Atingiu nível

Conservação de comprimento:

              Utilizamos um terço bíblico de 10 cm e um de 5 cm, inicialmente foi mostrado ao aluno os terços com posição inicial, e perguntamos a qual era mais comprida, ele acertou, na primeira e na segunda situação, não teve oscilação nas respostas, quando perguntamos o porquê  ele disse:

 “ um era maior que o outro”.

( x) Conseguiu desenvolver a conservação de comprimento;

( x) Atingiu  o nível desejado.

Conservação de líquido:

              Apresentando dois copos grandes com a mesma quantidade de suco, quando perguntamos se havia a mesma quantidade de suco ele confirmou com gestos, ao serem transferidos para outros copos, maior e fino e menor e largo, ele apontou para o menor e largo.

( x) Demonstrou o domínio de conservação de líquidos;

(x) Atingiu o nível desejado.

7ª SESSÃO – ( ATIVIDADE DE DIFICULDADE DE LEITURA ESCRITA)  01/11/2013

              Por ser a última sessão com o aluno, encaminhamos está sessão para um conciso levantamento de seu desenvolvimento durante o período de Análise Psicopedagógico. Cabe ressalvar que neste dia E.S.S., alegre, mas tímido, exibindo dificuldades para desenvolver suas atividades. Em uma mesa grande no ar livre com números grandes de zero a nove, solicitamos que ele: desmonte e monte os números na ordem de zero a nove, e não encontrou muitas dificuldades pois já conhecia os números, depois pedimos que identificasse com um X a maior  flor , a caixa mais larga, o arranjo com mais flores, e ele identificou todas sem dificuldades , utilizamos uma atividade de percepção e atenção, completar os desenho com as partes que estão faltando dos quatro desenho e identificou dois, última atividade com algumas palavras para que ele copiasse, utilizamos letras cursivas para sua maior identificação, mas não obtivemos sucesso ele não conseguiu ,mas quando ajudamos ele teve bons resultados, e novamente pedimos que ele tentasse escrever palavras com duas sílabas , mas só conseguiu novamente com nossa ajuda , entretanto parabenizamos o aluno pelo seu desempenho e o motivamos a sempre treinar em casa. Fornecemos um excelente lanche , e oferecemos de  presente, um caderno de desenho, um pacote de folhas ofício coloridas, uma caixa de lápis de cor e três livros de leitura bem ilustrado, nos despedimos com muita alegria. Contudo, finalizamos aqui deixando uma criança que nos emocional com seu jeitinho meigo e tímido, em tão pouco período com seus enigmas e suas dificuldades escolares e familiares, uma criança sem expectativa de sucesso escolar necessitada de amizade, de excitações e de apreensão.

8ª SESSÃO – DEVOLUTIVA  28/11/2013

              Concretizamos nosso estágio supervisionado na Escola Municipal Navarro de Brito em Itapé-Bahia, e no transcorrer das observações feitas, nós verificamos que o trabalho desempenhado pela equipe pedagógica oferece um alto índice de aproveitamento diante dos educadores e alunos do grupo escolar.

              Vale informar que na escola não há biblioteca, salas de vídeo, e nem salas com computadores, onde os alunos possam aprender informática e fazer suas pesquisas escolares.

              No entanto não há quadra de esporte, mas há um extenso espaço onde os alunos praticam suas aulas de Educação física ,e brincam no intervalo do recreio.

              No decorrer das observações em sala de aula percebemos que prevalecia um nível elevado de alunos com dificuldades de aprendizagens e propomos a  realização do projeto de intervenção  com o acompanhamento da professora.

              Assim sendo, proporcionamos o projeto de intervenção, e a direção da escola,  consentiu a nossa disposição os materiais didáticos necessários para o sucesso da realização do projeto e foi o que aconteceu, pois conseguimos resultados positivos , com muita interação entre todos.

                                                                            

 CONCLUSÃO

              O Estágio Psicopedagógico Institucional originou benfeitorias e probabilidades em nossos estudos e observações, aferindo várias aparências beneficiando transformações conceptuais de que precisamos para preparação de um adequado estágio e toda essa trajetória que foi concretizada consentiu em marcas de aprendizagem que distorceremos para nossa técnica profissional.

              Este aprendizado de agilidades nos despontou veemência e ansiedade constante em ensejo de sua estreita agregação com feições pautados na aprendizagem. Com bases teóricas buscamos entender e abranger este artifício de estudo e levar em importância o sentido social, afetuoso e emocional do aluno.

              As escolas necessitam solicitar a veneração mútua, conhecendo e acatando as variedades de seus alunos, afeiçoando os distintos costumes e compassos de aprendizagem garantindo e requerendo uma educação de categoria para todos, mediante um conjunto de dados pessoais apropriados, táticas de educação, expedientes e companhias com suas conformidades. Vale salientar , que  isso implica ainda um esforço para a modernização e reestruturação das qualidades atualizadas, para que a educação seja ajustada a heterogeneidade e às obras pedagógicas dos principiantes.

            Nessa expectativa a escola manifestou-se informando que os professores não são preparados para trabalhar com a multiplicidade de níveis de aprendizagem dos alunos, e que também não buscam aperfeiçoar seus métodos de ensino, possibilitando o tão esperado ëxito escolar .

              Entretanto, é necessário que a escola e a família busquem fazer um pacto, a fim de suplantar as dificuldades existentes nessa relação. Assim sendo, pensamos que este pacto entre família e escola favorecerá a designação de probabilidades para uma afinidade dialógica, crítica e libertadora a fim de se fazer mais concreta a participação dos pais no ambiente escolar.

            O educador enquanto mediador do processo ensino aprendizagem, bem como protagonista na resolução e estudo das dificuldades de aprendizagem deve obter orientações específicas para que desenvolva um trabalho consciente e que promova o sucesso de todos os envolvidos no processo.

              Por fim, podemos assegurar que as nossas perspectivas de obtenção de sucesso profissional, se baseiam nos colóquios, onde concretizam conhecimentos, tendências e caráter da consciência que são originalizados da prática profissional, assim como, estimar a adequada carreira, situando afinidades de competência com um saber, assegurado em seus projetos de intercessão e ensejo a influência mútua.

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 

              O presente relatório diz respeito a um procedimento de avaliação Psicopedagógica, tendo como  importância o pedido realizado pela Professora  da Escola Municipal Navarro de Brito, o menor E.S.S., dez anos, cursando a terceira série  do Ensino Fundamental I menor pela primeira vez, foi contido a uma avaliação Psicopedagógica apresentando a seguinte queixa: não apresenta interesse pelas atividades  em sala de aula, tímido, não consegue acompanhar as atividades interdisciplinares, não consegue desenvolver habilidades na leitura e escrita, não reconhece grafemas, identifica cor, proporcionando as mencionadas dificuldades de aprendizagem, utilizou-se aos seguintes procedimentos na avaliação e conclusão do Diagnóstico Psicopedagógico:

·         Observações ao aluno em seu ambiente escolar em três momentos;

·         Observações com  professora

• Anamnese com a mãe;
• Sessões Lúdicas;
• EOCA;
• Provas Operatórias;
• Avaliação da competência de leitura e escrita, percepção visual e auditiva, expressão oral e verbal;
• Memória;
• Concentração;
• Análise corporal, cognitivo, afetivo, motor;
• Conhecimentos pedagógicos, Lateralidade e cores.