domingo, 21 de dezembro de 2014

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

      


           1 INTRODUÇÃO
           
  Compreende-se como assistência Psicopedagógico clínico, a averiguação e a intervenção para que se compreenda o sentido, o ensejo e a modalidade de aprendizagem do sujeito, com a intenção de sanar suas dificuldades. Sendo assim, o diferencial entre o psicopedagogo e outros profissionais é que seu eixo central é o transmissor da aprendizagem, assim como o neurologista sobrepõe o aspecto essencial ; o psicólogo, a “psique”; o pedagogo, o conceito escolar.
  A Psicopedagogia Clínica investiga incondicionalmente os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos que intervêm na aprendizagem, com o propósito de criar circunstâncias que desempenhem o prazer de compreender em seu todo, abrangendo a ascensão da associação entre, professores, pais, formadores pedagógicos e demais especialistas que percorrem na esfera educativa do educando.
  Cabe informar que no relacionamento com o aluno, o psicopedagogo constitui uma análise ponderada, que consente levantar uma sequência de proposições precursora de métodos capazes de criar a situação clínica que promova uma conexão aceitável e apropriada para aprendizagem. Entretanto, o psicopedagogo ainda trabalha o caráter, a disponibilidade e a afinidade com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se o influente de seu processo, aproprie-se do seu saber, atingindo autossuficiência para sistematizar seu conhecimento e aperfeiçoar-se na incumbência de uma adequada autovalorização.
  Contudo, a Psicopedagogia Clínica tem como desígnio primordial estudar o que não está acertadamente correto com o sujeito relacionada a sua forma de compreensão com a aprendizagem e as questões implícitas do não aprender, bem como a intercessão nos problemas de aprendizagem em crianças, adolescentes e adultos, investigando o entendimento do sistema de aprendizagem e suas rupturas, a partir da situação desse sujeito e de todas as variáveis que intercedem nesse processo.

Objetivo Geral

·         Investigar de forma minuciosa os fatores que dificultam a aprendizagem da leitura e da escrita, além da falta de interação entre os alunos estudados, desenvolvendo um trabalho voltado para atividades psicopedagógicas

Objetivo Específico
·         Entrevistar o coordenador  e o professor dos alunos estudados;
·         Levar a família a compreender o quanto se faz necessário dialogar, usando da sinceridade para se obter um grande entendimento;
·         Aproximar o sujeito da escola e da família, colaborando assim para uma maior compreensão e desenvolvimento do aluno;
·         Aplicar anamnese com pais ou responsáveis;
·         Aplicar testes projetivos de leitura e raciocínio lógico;
·         Elaborar e encaminhar a devolutiva da queixa para a direção da instituição para que aja possíveis encaminhamentos;
·         Detectar o nível de capacidade da criança;
·         Compreender e interpretar o processo do diagnóstico clínico e psicopedagógico, considerado suas relações com o aluno e a instituição.

1.1 Histórico da Psicopedagogia

              A circulação da Psicopedagogia no Brasil expede ao seu histórico na Argentina, no entanto o acesso fácil à literatura, e os conceitos dos argentinos muito têm entusiasmado a nossa prática. Cabe salientar, que muitos profissionais argentinos encontram-se em nosso País, pós-graduando-se em Psicologia, Psicanálise e mesmo em Psicopedagogia.
              A Psicopedagogia por sua vez, não surgiu no Brasil, e nem na Argentina. Pesquisando a literatura sobre o assunto ressalvado, pode-se constatar que a apreensão com as dificuldades de aprendizagem teve procedência na Europa, ainda no século XIX 
              De acordo com Ariés (1981), a preocupação entre os moralistas e os educadores do século XVII era compreender mais e melhor a criança para transformá-la em um homem racional e cristão. A partir do século XVIII, a criança passa a ser inscrita em um discurso social em que predomina o conceito de disciplina, a racionalidade dos costumes, acrescido da preocupação com a higiene e a saúde física.
              Entretanto, no mundo moderno, a afinidade entre conter o saber e apresentar um lugar nessa sucessão de produção surge como um compromisso de êxitos. E quanto mais importante o saber, maior seu valor. A escola, ponto de sustentação de ideário liberal, por teoricamente garantir a igualdade de oportunidade para a aquisição do conhecimento e do desenvolvimento, vai confirmar a crença de que as diferenças individuais seriam as responsáveis pelo fracasso escolar e pelas desigualdades sociais.
              Cabe informar que o termo Psicopedagogia clínica, seguido por Janine Mery, é empregado para caracterizar uma ação terapêutica que pondera aspectos pedagógicos e psicológicos no tratamento de crianças que apresentam fracasso escolar. De acordo com essa autora, tais crianças “experimentam dificuldades ou demonstram lentidão em relação aos seus colegas no que diz respeito às aquisições escolares” (MERY,1985,p.16)
Em 1946, foram fundados os primeiros centros psicopedagógicos chefiados por J. Boutonier e George Mauco, onde se buscava unir conhecimentos da psicologia, da psicanálise e da pedagogia para tratar comportamentos socialmente inadequados de crianças tanto na escola como no lar, objetivando a sua readaptação.
              Vale salientar também, que em fins do século XIX, foi constituída uma junta médico pedagógica pelo educador Seguin e pelo médico psiquiatra Esquirol. A partir daí, a neuropsiquiatria infantil passou a se ocupar dos problemas neurológicos que afetam a aprendizagem (cf. MERY, 1985,p.11).Contudo, nesse mesmo período, Maria Montessori, psiquiatra italiana, designou um método de aprendizagem destinado inicialmente às crianças diferidas. Depois, o método Montessori foi estendido a todas as crianças, sendo hoje empregado em diversas escolas.
              No entanto, a partir de 1980, instituiu-se a Associação Brasileira de Psicopedagogia, com desígnio de gerar o aprimoramento de seus integrados e a qualidade de sua prática mediante a concretização de cursos e de encontros científicos. Mais a frente a publicação de um periódico especializado no espaço de estudo.
              Enfim o documento publicado no n° 19 do boletim da ABPp, de 1990, define a psicopedagogia como área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades, apresentando como elemento de estudo o sujeito do conhecimento, como as instituições e os atuantes de transmitância














ESTUDO DE CASO EM PSICOPEDAGOGIA


2.1 Motivo da Consulta

              Para principiarmos nosso estágio nos apresentamos no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), para avaliarmos a instituição e seu desenvolvimento de trabalho. Entretanto, pudemos observar em uma sala de aula uma turma heterogênea composta de crianças na faixa etária de 03 a 06 anos de idade , na qual acompanhamos o trabalho da monitora Vanderlea da Silva Oliveira, Licenciada em Pedagogia, onde nos apresentou uma queixa sobre as dificuldades encontradas no processo de ensino aprendizagem das crianças.
              Scoz (1994) afirma que ocupa-se do processo de aprendizagem humana: seus padrões de desenvolvimento e a influência do meio nesse processo. A clínica psicopedagógica corresponde a um de seus campos de atuação, cujo objetivo é diagnosticar e tratar os sintomas emergentes no processo de aprendizagem. O diagnóstico psicopedagógico busca investigar, pesquisar para averiguar quais são os obstáculos que estão levando o sujeito à situação de não aprender, aprender com lentidão e/ou com dificuldade; esclarece uma queixa do próprio sujeito, da família ou da escola.
              Diante dessa perspectiva a psicóloga juntamente com a assistente social nos relatou o contexto histórico de cada família dos nossos alunos de estudo, os quais denominamos um de T.S e outro de Y.C, salientando todas as suas dificuldades de aprendizagem e de comportamentos fora e dentro da escola.
              Para um estudo mais aprofundado, solicitamos a presença dos pais ou responsáveis pelas crianças, onde averiguamos melhor realidade de cada um deles. Todavia para nossa surpresa os pais de T.S não compareceram, pois os mesmos são separados, e não se relacionam amigavelmente , sendo assim compareceu apenas a avó materna da criança, onde enfocou toda a história familiar vivida por T.S de forma espontânea, informando ainda que ela é a responsável pela criança, pois sua filha não tem nenhum compromisso, por ser uma viciada em drogas lícitas e ilícitas.
              Em relação a Y.C, nos deparamos com um caso bem diferente, pois a criança não mora com seus pais, e nem tampouco com seus avós,  e sim com sua tia, irmã,  da sua avó materna.
              Diante disso, analisamos que as influências que ocorrem em favor das DA dessas crianças, são ocasionadas pela falta de afetividade, devido a ausência dos seus pais proporcionando uma desestrutura familiar e um péssimo rendimento não só escolar como em suas atitudes  comportamentais.
              Segundo Coutinho e Moreira (2004), a criança quando nasce é direcionada por instintos, através desses instintos ela procura somente sua satisfação. Entretanto, ela já é capaz de reconhecer autoridades acima dela, isto é, pessoas que vão ajudá-la no decorrer do desenvolvimento, de sua aprendizagem.
Por isso, deve-se incentivar a criança, na construção de sua independência. A participação dos pais é de suma importância nesse processo. Percebe-se que os mais importantes nesse processo são os pais, que não incentivam para essa independência e mais tarde querem cobrar dos filhos. Como você pode cobrar algo de alguém sendo que nem houve ensinamento de atitudes comportamentais.
              E como afirma Zorzi (2003,p.13) “ o que se quer reforçar é o fato de que a possibilidade de uma criança crescer e viver em um meio no qual a língua oral e escrita faz parte do dia a dia  é um fator determinante do sucesso de sua aprendizagem”.

2.1.1 Fundamentação Teórica
             
              O presente estudo fundamenta-se nas teorias desenvolvidas por Jean Piaget, Jorge Visca e Nádia Bossa, idealizadas na busca incessante de mudanças significativas e urgentes do trabalho de intervenção psicopedagógico no âmbito escolar.
              De acordo com (Visca, 1987) a Epistemologia Convergente procura compreender a contribuição dos aspectos afetivos, cognitivos e do meio sócio educacional, no processo da aprendizagem do indivíduo e as possíveis dificuldades apresentadas, tendo como base, a integração dos conhecimentos da psicologia genética, da psicanálise e da psicologia social. A articulação entre as dimensões afetivas e cognitivas do indivíduo só se completam no estabelecimento da relação contínua dessas dimensões com o meio onde o indivíduo vive, formando uma unidade, um sistema com características únicas.
              Partindo desse pressuposto a visão psicopedagógica salienta que para aprender são necessárias as seguintes condições: afetivas para se vincular a ele, criativas para colocá-lo em prática e associativas para socializá-los, para que a aprendizagem e prazer possam fazer parte da mesma unidade, a integração do próprio aprendiz e a interdisciplinaridade são condições essenciais.
              É importante enfatizar que os jogos sempre estabeleceram uma forma de atividade lúdica do ser humano, no sentido de entreter e de educar ao mesmo tempo. Contudo, a relação entre o jogo e a educação não é algo inédito, desde a antiguidade Gregos e Romanos já explicitavam a importância do jogo para educar a criança.
              “Segundo Piaget (1975), por meio do jogo a criança assimila o mundo para atender seus desejos e fantasias. O jogo segue uma evolução que se inicia com os exercícios funcionais, continua no desenvolvimento dos jogos simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção para se aproximar, gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória. Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação, pois eles revelam uma lógica diferente da racional”. gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória. Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação pois, eles revelam uma lógica diferente da racional”
              Bossa (2000) afirma que é de suma importância o papel da psicopedagogia nas instituições escolares, ao dar suporte, diagnosticar, e investigar as causas que impedem a aprendizagem institucional, a circulação do conhecimento, o papel das lideranças e dos liderados, como os motivos que levam ao insucesso organizacional interferindo na aprendizagem das crianças.
              Assim, o psicopedagogo, compreende a real necessidade de fazer um acompanhamento no que concerne a aprendizagem do aluno, criando espaços para que as escolas disponibilizem recursos necessários para abranger às necessidades de ampliação do saber. Sendo assim, o psicopedagogo institucional passa a tornar-se um instrumento influente no subsídio da aprendizagem.

2.1.2 Relato do Desempenho de T.S

              T.S é uma criança de 05 anos, de sexo feminino, natural de Itabuna- Bahia, mas que veio ao mundo de uma gravidez indesejável, mamou apenas um mês, pois sua mãe negou-lhe a mama, durante o período da gestação ocorreram bastantes quedas, seguidas de desmaios, mora aos cuidados da avó materna, pois seus pais são separados devido a conflitos constantes, principalmente porque sua mãe é bastante agressiva e desequilibrada, incapaz de relacionar-se com a própria família.
              Cabe salientar que T.S pertence a uma classe financeiramente baixa, vivendo apenas do bolsa família, e apesar de T.S conviver com todo esse contexto histórico familiar conturbado, ela é uma criança aparentemente alegre, espontânea na fala, só chora às vezes quando não cedem aos seus caprichos, apresenta um curto tempo de concentração sendo considerada uma criança incansável, na alimentação não consegue alimentar-se sozinha, fazendo muitas bagunças,  apresenta em alguns momentos atitudes destrutivas em relação ao material escolar, se submete apenas a regras, determinadas pela avó, é dependente de remédios calmantes para dormir, não é organizada diante das tarefas propostas pelo professor e pelo psicopedagogo.
              Questionando T.S descobrimos que a sua preferência era estudar e brincar juntamente com seu irmão, o qual estuda na mesma sala de aula dela, quanto ao uso alimentar,  ressaltou que  sua preferência era ovo e macarrão, e que detestava carne por ser um alimento ruim e afirmou que é de búfalo. Entretanto perguntamos sobre suas brincadeiras prediletas, e ela respondeu que adorava brincar de boneca, de areia e principalmente desenhar arco-íris, percebemos que a criança sente-se feliz em compartilhar tudo o que ela ganha com seu irmão, então aproveitamos a oportunidade e salientamos também sobre a existência dos seus pais ,e ela respondeu que eram pais separados e briguentos,  sendo o pai residente em Olivença e a mãe em Itapé.
              Contudo, ficamos surpreendidas com as respostas de T.S, pois devido a sua idade e a baixa estrutura familiar não esperávamos que ela respondesse com tanta veemência os nossos questionamentos o quais foram muito proveitosos para o desenvolvimento do estágio.

2.2.2 Relato do Desempenho de Y.C
              Y. C é uma criança de 05 anos, do sexo masculino, nascida em Itabuna-Bahia, pai não declarado,  com uma gestação tranquila até o sexto mês, mas a partir desse período tudo mudou , pois sua mãe passou a ser  uma pessoa agressiva ingerindo drogas lícitas e ilícitas , acredita-se que devido a esses problemas comportamentais Y.C  ao nascer,  necessitou de oxigênio por curto período, e logo após  ficou aos cuidados da sua tia avó, a qual também criou a sua própria mãe. Todavia passou a usar mamadeira, pois sua mãe negou-lhe até a mama.
              Salienta-se também que do ponto de vista emocional dessa criança , ora apresenta-se passiva ; ora agressiva e que também é uma criança carinhosa e curiosa. Na fala observamos uma extrema troca de letras , onde gagueja frequentemente, e se esforça muito para falar , respondendo todos os nossos questionamentos com muitas dificuldades.
              Na opinião de Murray (1980), a gagueira é uma das deficiências mais penalizadas em nossa sociedade. Muitos gagos aprendem desde cedo que o desejável é não gaguejar. A sociedade os recompensa pela fluência. Disto decorre que quando não se fala fluentemente, está se fazendo algo errado. E do erro, origina-se a culpa, por não conseguir falar como desejado e de acordo com o que os outros esperam que se fale. A sociedade, de modo geral, criou mitos a respeito da gagueira; a partir da experiência com indivíduos gagos. Consideramos que cabe aos profissionais da área, informar a população a respeito desse distúrbio, como uma forma de desmistificar as crenças errôneas criadas a partir de uma visão distorcida e caricata da gagueira.
              Contudo, é importante informar que Y.C apresenta também algumas atitudes a serem relatadas como: adora roer unha , quando está bastante nervoso, tem medo de dormir sozinho, tem sono muito agitado, faz xixi na cama , assim sendo,  tem um excelente relacionamento  na escola  e na família , e sempre reage como líder de cada grupo acima citado.
              De acordo com a visão da psicóloga Maria Angélica Hartmann Graff , “Roer unhas não caracteriza um transtorno psicológico, penso que seja a expressão de alguma desordem ansiosa. O indivíduo não consegue expressar o que sente, tem vergonha, medo, não sabe como falar ou o que fazer, a ansiedade toma conta e as unhas estão aí para de certa maneira aliviar essa ansiedade. Pode ser um ato de controle, por exemplo, de impulso, a pessoa está com raiva de alguma situação e não pode falar, roendo as unhas consegue controlar o impulso e acaba não expressando o sentimento na via adequada que seria a da fala. Pelo contrário, acaba se prejudicando ou não dependendo da situação (em algumas discussões é melhor se calar mesmo).”
 
2.1.3 Analise Diagnóstica ( Anamnese)
             
                Analisando as informações explicitadas pela avó de T.S chegamos a conclusão que o modelo de família que a criança convive não corresponde aos padrões de uma correta estrutura familiar, sendo assim o não aprender de T.S pode está relacionado ao emocional , devido aos diversos fatores recorrentes da sua história familiar. No entanto, a dinâmica familiar faz com que T.S apresente dificuldades de aprendizagem sintoma, omitindo-lhe um não aprender formal, e transgredindo regras de comportamento, tanto na escola como na família, demonstrando para isso a falta de encorajamento pela aprendizagem formalizada.
              Gokhale (1980) diz que a família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem sucedida da criança vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo escolar. A família tem sido, e será, a matriz mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas.
              A família é responsável pelo desenvolvimento psicossocial e maturidade da criança, proporcionando uma sustentação necessária à individuação. Porém, só conseguirão êxito nesse processo, famílias organizadas.
              Enfim, os pais são os principais responsáveis pela sustentação emocional dos filhos, para que estes encontrem êxito na aprendizagem escolar, orientando-os para lidar com as frustrações em relação aos modelos de aprendizagem formal.

2.2.3 Analise Diagnóstica
             
              Partindo do contexto familiar de Y.C, constatamos que na declaração feita por sua tia, a qual adotou-lhe como filho, compreendemos que as dificuldades de aprendizagem detectada na criança está relacionada a várias consequências existentes na família como: primeiro sua mãe negou-lhe afeto, seu pai teve dúvidas, sobre a paternidade  exigindo até DNA, mas logo em seguida desapareceu sem dá notícias,  e comprovou-se  que o mesmo era usuário de drogas ilícitas, vindo a óbito, segundo fontes seguras.
              Vale relembrar que durante o percurso da entrevista, a tia de Y.C explicitou que a mãe da criança apresenta um alto grau de distúrbio da fala, gaguejando  frequentemente, pouco se relaciona com o filho e chegam até a discutir como se não houvesse vínculo materno.
              Dessa forma, entendemos que a participação dos aspectos afetivos e cognitivos, o sentimento amor-afetividade construído primeiramente entre mãe e filho vai se generalizando aos outros, como ao pai, ao irmão, aos tios e aos amigos, existindo assim uma transformação ou adaptação aos acontecimentos e situações anteriores impregnadas de emoções.
              Segundo Rossini (2001 p.9): A afetividade acompanha o ser humano desde o nascimento até a morte. Ela “está” em nós como uma fonte geradora de potência de energia.

2.3  Entrevista Operatória : EOCA

2.3.1 Fundamentação Teórica

              Organizamos nossa caixa de acordo com as idades das crianças, a cultura e com os materiais necessários exigidos com a intencionalidade de investigar o modelo de aprendizagem do sujeito tais como: folhas de ofício tamanho A4, borracha, caneta, tesoura, régua, livros, cola, lápis, massa de modelar, lápis de cor, lápis de cera, e quebra-cabeça . 
              Sobretudo, tem como propósitos: identificar sintomas e formular hipóteses sobre as possíveis causas das dificuldades de aprendizagem; levantar os possíveis obstáculos que surgem na relação do sujeito com o conhecimento e alcançar dados a respeito do paciente nos aspectos afetivos e cognitivos, a fim de elaborar um sistema de hipóteses e traçar linhas de verificação.

Para Visca, a EOCA deverá ser um instrumento simples, porém rico em seus resultados. Consiste em solicitar ao sujeito que mostre ao entrevistador o que ele sabe fazer, o que lhe ensinaram a fazer e o que aprendeu a fazer, utilizando-se de materiais dispostos sobre a mesa, após a seguinte observação do entrevistador: "este material é para que você o use se precisar para mostrar-me o que te falei que queria saber de você" (VISCA, 1987, p. 72). 

2.3.2 Hora do Jogo

              Chegando a hora do jogo iniciamos tanto com  T.S como com Y.C utilizando  os mesmos materiais simbólicos. Colocamos dentro de uma caixa, elementos diferenciados com características: para desenhar, recortar, pegar, olhar, ler, escrever, colocamos também diferentes elementos com a mesma finalidade, tais como : cola, câmera fotográfica de brinquedo, hidrocor, tintas guache , entre outros, possibilitando o desdobramento do sujeito. Usamos papéis de ofício de variadas cores , objetivando investigar a dinâmica e a estrutura realizada pelas crianças.
              Segundo (PAIN, 1985) pode-se aplicar a técnica denominada a Hora do Jogo, até a idade de 9 anos . Para jogar é necessário ter um espaço transicional, um espaço de confiança, de criatividade, o mesmo espaço que se precisa para aprender. 
              Na consigna fizemos o seguinte questionamento para cada criança no seu horário determinado: Gostaríamos de saber o que você sabe fazer, o que lhe ensinaram, e o que aprendeu a fazer, em seguida observamos como se comportaram, que materiais não utilizaram , quais as suas preferências e o que nos mostraram no momento do estudo, as imagens, as histórias e o que sabiam fazer e responder verbalmente.
              Síntese de T.S:  Direcionou-se até a caixa, olhou entusiasmada o que tinha dentro dela e iniciou manuseando uma câmera de brinquedo, a qual apresentava imagens de animais quando direcionava para a parede, logo em seguida abriu três potinhos de tinta guache e resolveu criar um desenho diferente, mas para nossa surpresa, ela usou as tintas de uma só vez, criando o seu desenho artístico. Percebemos algumas características como: apresenta dificuldades em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas, parece não escutar algumas vezes quando lhe dirigem a palavra, não segue instruções e não termina seus deveres escolares, afirmando está cansada, tendo um comportamento de oposição ou incapacidade de obedecer as instruções propostas pelos seus mestres.
              Síntese de Y.C: Rapidamente direcionou-se até a caixa, curioso, concentrado, manuseou a caixa pegando uma folha de ofício colorida sem nenhuma dificuldade para desenhar, posicionando a folha de forma vertical e horizontal,   verificando como estava seu desenho,  envolvendo-se  silenciosamente. Entretanto é importante salientar que a criança começou a se distanciar da margem esquerda do papel utilizado, e que esses desenhos criados por ele representam um mundo de sonho e imaginação,  representando certo bem-estar na sua vida habitual.

2.4 Testes Projetivos ( Desenhos, analises e interpretações)

2.4.1 Fundamentação Teórica

              Os testes projetivos tem como proposito, analisar os vínculos afetivos, desenvolvimento motor e cognitivo
Recursos disponibilizados: lápis novo sem ponta, apontador, borracha, régua, caneta, folhas A4 coloridas, lápis de cor (madeira, cera ), hidrocor, massa de modelar e tinta guache.
Consigna:  Para cada aluno solicitamos que desenhasse o que desejasse espontaneamente. Logo após o desenho executado por eles, pedimos que cada um no seu devido momento de sessão contasse o que desenharam.
Execução de T.S: Ela desenhou a seguinte subsequência: Desenhou a família, mas não coloriu, abaixo de um arco-íris com as cores, verde e amarelo,  logo abaixo da folha , desenhou ela própria , e um sol feito com um pedaço de massa de modelar de cor laranja, e acrescentou seu nome no final. Todavia pegou outra folha e novamente desenhou-se pintando o desenho na cor roxa.
Observação T.S: Desenhou na horizontal; a postura é adequada; mas para o lado esquerdo utiliza lápis de cor de madeira nas cores verde e amarelo; usa folha A4 rosa, lápis, apontador (faz a ponta do lápis na cadeira, joga o lixo no chão) e borracha; não faz muita pressão no lápis, não deixa o verso da folha, braço correto; desenha o sol indicando que é dia;  colocando nuvens e arco-íris, o tamanho total do desenho é médio,  ocupando quase toda a folha; os tamanhos dos objetos são sempre pequenos e médios; o distanciamento dos objetos é próximo; a posição do desenho na folha é expandido; se recusa a desenhar, diz que está cansada de desenhar ;  Relatou que fez as nuvens porque ia chover , e o arco-íris porque o achava muito bonito.
              Escreveu no rodapé da folha do lado direito seu nome com letra cursiva maiúscula e minúscula , acentuou corretamente ; apresentou má coordenação fina, e utilizou letras de tamanhos iguais na mesma palavra.
Execução de Y.C : Desenhou a família sem colorir, em seguida desenhou o sol   já colorindo, abaixo desenhou uma casa afirmando ser sua própria casa, também colorindo, e no rodapé da folha escreveu seu nome completo, em seguida utilizou uma outra folha de cor diferente desenhando novamente o sol , depois  uma lua, abaixo o pai, uma quadra de esporte com várias bolas e mais abaixo da folha desenhou sua família e no rodapé novamente seu nome.
Observação Y.C : O aluno desenhou mais do lado esquerdo da primeira folha, enquanto que na segunda folha desenhou levando mais para o lado direito, utilizou lápis de cor de madeira nas cores azul e amarelo; usa folha A4 rosa, e verde, utilizou figuras geométricas como o círculos e o quadrado, lápis, apontador (faz a ponta do lápis na cadeira, joga o lixo no chão) e borracha; não faz muita pressão no lápis, braço curvo; desenhou o sol próximo da lua;  o tamanho total do desenho é grande,  ocupando toda a folha; o tamanho dos objetos foram grandes, médios e pequenos ; houve um distanciamento entre pessoas e  objetos e somente o sol e a lua ficaram próximos; se recusa a desenhar, afirmando que não sabia desenhar.
              Enfim é importante informar que as provas projetivas formuladas por Jorge Visca objetivam verificar a rede de vínculos que o sujeito possui diante de três domínios distintos: familiar, escolar e consigo mesmo.

2.5 Diagnóstico Operatório ( Concentração)

2.5.1 Fundamentação Teórica 
              Por meio da aplicação das provas operatórias, teremos condições de conhecer o funcionamento e o desenvolvimento das funções lógicas do sujeito. Sua aplicação nos permite investigar o nível cognitivo em que a criança se encontra e se há defasagem em relação à sua idade cronológica, ou seja, um obstáculo epistêmico.
            A aplicação das provas operatórias tem como objetivo determinar o nível de pensamento do sujeito realizando uma análise quantitativa, e reconhecer as diferenças funcionais realizando um estudo predominantemente qualitativo. (VISCA, 2008 )
              Para iniciarmos as provas operatórias utilizamos um jogo educativo chamado sólidos geométricos destinado às crianças na faixa etária de 06 anos, partindo da perspectiva do jogo, realizamos diversos questionamentos onde cada criança deveria responder de acordo com sua percepção visual e  sua concentração diante das peças do jogo. Fazendo comparações entre suas formas e cores.
Objetivos para o desenvolvimento do aluno:
·         O raciocínio lógico;
·         Identificar cores e formas;
·         Nomear cores e formas;
·         Ampliar o vocabulário;
·         As coordenações motoras, visuais e auditivas;
·         Criar desenhos livres usando as formas geométricas

2.5.2 Relato do Desempenho de T.S

              Ao mostrarmos a caixa com as peças do jogo a T.S demonstrou-se entusiasmada, mas nunca concentrada, e retirou demasiadamente todas as peças da caixa, espalhando-as sobre a mesa, então perguntamos se ela conhecia alguma daquelas peças do jogo e se tinha aparência com alguma coisa que se usa em casa ou na escola, e a aprendiz nos respondeu que conhecia o circulo que parecia uma bola de futebol e depois pegou uma outra peça , afirmando ser um quadrado , em seguida pegou a peça do prisma triangular colocando-a sobre dois cilindros afirmando ser uma casa.
              Sendo assim, questionamos sobre as cores de cada peça, onde ela acertou todas as cores, depois solicitamos que ela juntassem as peças que tivessem as mesmas cores, e novamente acertou, consequentemente pedimos que juntasse as peças que fossem parecidas, mas a mesma acertou somente algumas afirmando que estava cansada.

2.5.3 Relato do Desempenho de Y.C

              Ao iniciarmos a demonstração da caixa do jogo com os sólidos geométricos  pudemos constatar que Y.C apresentou total interesse, concentrando-se, abrindo sozinho a tampa da caixa retirando cuidadosamente as peças do jogo, enfocando as seguintes cores: azul, amarelo, vermelho e verde as quais são representadas nessas peças, vale informar que espontaneamente a criança pegou  duas  peças , sendo o cone e o cilindro colocando uma sobre a outra afirmando ser um lápis , logo após pegou a esfera garantindo ser  um círculo e uma bola, e por fim pegou o prisma triangular afirmando ser uma casa de cachorro, conhecendo todas a cores questionadas , e ainda demonstrou noção de quantidade, organizando e contando todas as peças contidas na caixa.

2.6 Conservação de Comprimento

Material – um cordão de barbante de 20 cm e outro de 30 cm  
Objetivo - Perceber a noção de comprimento e a criatividade que a criança possui através da visualização de imagens.
              Cabe salientar que a contação de histórias por ser uma possível ferramenta psicopedagógica, resgata a construção da aprendizagem das crianças, fazendo parte das suas vidas, desde pequeninos, quando os pais e os avós, narram aventuras que as vinculam a mundos fantasiosos, formando crianças leitoras, despertando o imaginário, dando asas as imaginações, proporcionando momentos de alegria, risos, tranquilidade e até mesmo de emoções.
              Soares (2001, p.37), explica que quando as pessoas aprendem a ler e escrever, quando participam de práticas sociais de leitura e escrita elas se tornam diferentes, mudam seu estado e condição, isto é, não são as mesmas de antes, quando não sabiam ler e escrever. A apropriação da escrita faz com que as pessoas mudem seu lugar na sociedade, sua relação com as pessoas e inserção na cultura, isto é, modificam a forma de viver. Além de tudo isso, a leitura e escrita ainda transformam os aspectos cognitivos, as pessoas passam a ter controle sobre o que falam, ampliam o vocabulário e modificam a condição linguística.
             
2.6.1 Relato do Desempenho de T.S
             
              Colocamos dois cordões de seda de tamanhos diferentes, paralelas sendo que A maior (>) que B(<). A partir de um livro,  só com imagens, solicitamos que a criança narrasse uma historia a partir das imagens proposta no livro. No final, fizemos a seguinte pergunta: Quem chegou primeiro ? Chapeuzinho ou o lobo?
              Ao realizarmos o teste com a menina, percebemos que ela demonstrou-se uma pouco desconcentrada, mas de acordo com sua faixa etária de idade, sua contação de história, evidenciou um QI bastante desenvolvido, sendo capaz de relatar a história com muita criatividade e muita imaginação, afirmando que chapeuzinho foi quem chegou primeiro.

2.6.2 Relato do Desempenho de Y.C
             
              Ao realizarmos o teste com o menino observamos que ele obteve uma ótima concentração, apresentando uma boa organização de pensamento, enquanto que na linguagem oral apresenta inúmeros problemas devido a sua dificuldade apresentada na fala, mesmo assim compreendemos a sua narrativa afirmando que quem chegou primeiro foi o lobo.
             
2.7 Mosaico Educativo - Provas de Conservação de Pequenos Conjuntos Discretos de Elementos
Objetivo - Fazer com que a criança se familiarize com as diferentes formas geométricas e comece a desenvolver o trabalho de composição e harmonia.
Desenvolver a coordenação motora, a atenção, a noção de espaço, a relação com as cores e contrastes, a limpeza na elaboração do trabalho e a noção de proporção.

Relato do Desempenho de T.S:

              Ao iniciarmos essa sessão apresentamos a T.S uma caixa com o um jogo educativo chamado “Mosaico” e solicitamos a mesma que abrisse a caixa observando todos os detalhes nela contido. Em seguida, pedimos a criança que realizasse alguns desenhos que estavam disponíveis na caixa e ela desempenhou-se com tranquilidade fazendo um barco, uma pipa e usou duas peças em forma de triângulo transformando-a segundo ela, em quadrado, todavia perguntamos sobre as cores e as formas, sendo que as cores ela acertou, mas as formas somente algumas.
              Contudo, pedimos a T.S que contasse as peças e que depois arrumasse-as dentro da caixa com bastante organização, entretanto  ela colocou as mãos sobre a cabeça ficando por alguns minutos em silêncio e repentinamente, ergueu a cabeça  afirmando está cansada, mas mesmo assim resolveu guardá-los, mas de forma desorganizada.

Relato do Desempenho de Y.C

              Ao principiarmos essa sessão, colocamos a caixa do mosaico sobre a mesa e solicitamos que a criança observasse e abrisse-a, dando sequência,  pedimos que ela retirasse as peças da mesma e realizasse os desenhos contidos na tampa da caixa, sendo assim, Y.C percebeu que cada um tinha um formato diferente quando agrupados. E a partir daí foi que pedimos para que ele criasse primeiramente um barco e ele tentou fazer colocando as peças em pé, e nada dava certo e nós o orientamos que ele colocasse as peças sobre a mesa e que encontrasse uma melhor forma de construir o seu barquinho e assim ele concluiu com êxito.
              Cabe informar que o aluno ficou tão entusiasmado e pediu que deixássemos ele construir mais desenhos e naturalmente prosseguiu criando duas figuras diferentes, afirmando ser uma sendo sua própria casa com escadas e outra um círculo.
              Finalizando a sessão Y.C organizou todas as peças dentro da caixa fechando-a  entregando organizadamente, então observamos que através do lúdico a criança passa a ter um interesse maior em socializar dentro e fora da escola.

2.8 Conservação de Massa


Objetivo:  investigar as estruturas cognitivas,  utilizando as provas operatórias com o aprendente para analisar em que medida as informações obtidas, permitem complementar o diagnóstico.

Relato do Desempenho de T.S
             
              Dispomos na mesa uma caixa de massa de modelar de variadas cores, onde utilizamos duas cores diferentes para fazermos duas bolas com diâmetros diferenciados, e perguntamos a criança qual a maior e qual a menor, mas a criança não foi capaz de estabelecer um grau de pensamento conservativo, ou seja, oscila seu raciocínio entre a quantidade e o tamanho da matéria, sendo assim, propomos a criança que criasse qualquer desenho, e ela misturou todas as cores fazendo uma enorme bola, repartindo-a em vários pedaços, afirmando que iria dividir entre ela, seu irmão e os seus primos. Todavia retirou-se da sala da sessão para fazer a entrega onde se encontrava as outras crianças, e em seguida retornou ao local da sessão com apenas seu pedaço da massa de modelar afirmando que levaria para casa.

Relato do Desempenho de Y.C
             
              Iniciando a sessão com o menino, também expomos a caixa sobre a mesa e solicitamos que ele criasse o desenho que fosse da sua preferência, e ele pegou primeiramente as cores laranja e preta, onde confeccionou um animal, dando-lhe o nome de cobra e afirmou ser de verdade. Ressaltou-nos que não tinha medo de cobra, e se alguma aparecesse na sua frente, imediatamente pegaria um facão e lhe cortaria o rabo para que o animal não o mordesse. Prosseguindo a atividade proposta, o menino novamente confeccionou uma nova cobra, mas agora utilizando apenas uma  cor, sendo a rosa, contudo afirmou que essa seria mais bonita do que a primeira cobra, e assim fez uma linda cobra de massa de modelar.

2.9 Jogos de Raciocínio Lógico e Percepção Viso-Motora

Objetivo: Possibilitar à criança o desenvolvimento de ideias, estimulando sua criatividade, percepção viso-motora e também simular várias estruturas civis, para construções de cidades e diversos tipos de cenários de madeira divertida e educativa.
 
Relato do Desempenho de T.S
             
              Na frente da criança foi colocada uma caixa de jogo cujo nome é “Pequeno Engenheiro”, e solicitamos que ela observasse o desenho na tampa da caixa e logo após pudesse montar espontaneamente o que desejasse, e a criança deu inicio a construção de uma cidade colocando as peças em sentido plano sobre e mesa, mas sempre querendo parar. Todavia com muito carinho e motivação pedimos que ela continuasse a montagem, e assim, deu continuidade, e logo após, perguntamos sobre uma peça diferenciada que havia no jogo e ela afirmou dizendo ser uma igreja, devido ao formato da porta e do relógio ali existente, pedimos também que ela nos mostrasse todas as janelas que estivessem abertas e também as fechadas e ela nos mostrou tranquilamente. Em seguida interrogamos, à respeito da diferença entre sua casa verdadeira e a construída por ela, nos respondendo que a sua verdadeira casa é bem mais bonita.

Relato do Desempenho de Y.C
             
              Na frente da criança, expomos sobre a mesa uma caixa contendo várias peças e solicitamos que a mesma montasse um desenho de sua preferência, rapidamente pegou as peças construindo uma casa em sentido horizontal, logo após, a casa desmontou-se, e novamente ele refez seguramente, separando peça por peça, sendo: carro e moto em garagens e ao lado uma linda árvore , casas com telhados, portas e janelas nos seus devidos lugares, e depois de tudo pronto, disse que iria nos presentear com essa linda construção.

3. Conservação da Composição da Quantidade de Líquidos


Objetivos: Avaliar a capacidade da criança em se deparar com dois recipientes diferentes , tentando colocá-los com a mesma quantidade de líquidos.


Relato do Desempenho de T.S

              Colocamos dois copos cilíndricos transparentes sobre a mesa e pedimos a criança que nos ajudasse a medir a quantidade de água, de forma que ficassem iguais nos dois copos, e perguntamos em qual deles havia mais água.
Avaliação: Não conservativo -05 a 06 anos
              As respostas não têm justificativas completas, mudando conforme as aplicações de cada prova.

 Relato do Desempenho de Y.C
             
              Colocamos dois copos cilíndricos transparentes sobre a mesa e pedimos à criança que observasse e nos ajudasse a medir a quantidade de água, de forma que ficassem iguais nos dois recipientes A e B, e logo em seguida tentasse colocar o mesmo volume no recipiente B, e perguntamos; em qual deles havia mais água.

Avaliação: Não conservativo -05 a 06 anos
              As respostas não têm justificativas completas, mudando conforme as aplicações de cada prova.

3.1 Dominó das Cores

Objetivo: Ajudar a criança no conhecimento das cores, e estimular a percepção visual e a capacidade de observação. 

Relato do Desempenho de T.S
             
              Nessa sessão, colocamos as peças do dominó com as imagens viradas para baixo no centro da mesa, em seguida pedimos que a mesma pegasse uma peça por vez desvirando-as fazendo pares e sequenciando de acordo com suas respectivas cores.
Avaliação: Conservativa – a partir dos 05 anos
              A criança conhece as cores e compreende que existe uma sequência ordenada de pares, isto porque foi trabalhado em classe pelo seu professor.

Relato do Desempenho de Y.C
             
              Nessa sessão, colocamos as peças do dominó com as imagens viradas para baixo no centro da mesa, em seguida pedimos que a mesma pegasse uma peça por vez,  desvirando-as fazendo pares e sequenciando de acordo com suas respectivas cores.

Avaliação: Conservativa – a partir dos 03 anos
              A criança apenas desconhece a cor lilás, mas compreende que existe uma sequência ordenada de pares, organizando-as de acordo com sua percepção visual e a sua capacidade de observação. 

3.2 Conservação de Elementos Discretos

Objetivo: Avaliar a percepção da criança frente aos diferentes objetos e observar a noção de quantidade na visão da mesma.

Critério de aplicação: Para tornar um prova mais atrativa utilizamos uma linguagem bastante compreensível aos padrões da criança, e também usamos imagens bem ilustradas condizente a sua faixa etária.

Relato do Desempenho de T.S
             
              Iniciamos a sessão ordenando em cada lado os números, uns adaptados em joaninhas com pregadores e outros soltos. Dando prosseguimento a sessão, pedimos a criança que pegasse primeiramente o número da joaninha que correspondesse a sua idade, e pregasse sobre o número móvel, e ela acertou, sendo o número 05 harmônico a sua idade, assim sendo, continuamos a sessão perguntando os demais números, sendo eles de 0 a 9.

Avaliação: Conservativa – a partir de 05 anos.
A criança já possui noção de quantidade e até justifica o óbvio.

Relato do Desempenho de Y.C
             
              Dando início a sessão ordenamos em cada lado da mesa os números, uns adaptados em joaninhas com pregadores e outros existentes nos números móveis, em seguida solicitamos a criança que pegasse primeiramente o número da joaninha que correspondesse a sua idade, e pregasse sobre o número móvel, mas ele não acertou a pergunta, mesmo sendo o número 05 condizente a sua idade, assim sendo, continuamos a sessão perguntando os demais números, sendo eles de 0 a 9 e ele não conheceu número algum, trocando um pelo outro
              Contudo a criança não soube distinguir um número do outro, mas sabe contar de 01 até 11 mesmo apresentando dificuldades na contagem.

4. Alfabeto Móvel Ilustrado

Objetivo: Estimular o desenvolvimento da linguagem oral e escrita através de atividades de análise auditiva, construção de palavras e leitura espontânea.
              O alfabeto móvel chegou ao Brasil na década de 80, no inicio da proposta construtivista. Sua intenção é a de consolidar um conceito básico da organização a linguagem escrita: com apenas 26 letras é possível registrar tudo o que se pensa ou se fala.
               Segundo Castillo (1999), para que a criança faça uso da leitura e escrita, tornam-se necessárias algumas habilidades, tais como: discriminação visual; discriminação auditiva; memória visual e auditiva; coordenação motora; coordenação motora fina; conhecimento do esquema corporal; orientação espacial; atenção seletiva; domínio da linguagem oral; diferenciação entre letras e outros símbolos; cópia de modelo e memorização de relatos curtos, canções infantis, versos de rima fácil.

Relato do Desempenho de T.S
             
              Organizamos as imagens e  algumas letras do alfabeto móvel ilustrado sobre a mesa, separando-as, uma de cada lado, entretanto para darmos início ao jogo, solicitamos que a aprendente pegasse a letra inicial do seu nome, sendo a letra T,  e que colocasse sobre a imagem correspondente a mesma letra, e em seguida da mesma forma, até que se formasse seu nome completo. Dando seguimento, expomos as demais letras do alfabeto, pedindo que a mesma pegasse por etapa cada imagem correspondente a cada letra, e assim realizou-se a prova alcançando um resultado positivo.
              Contudo, seguindo o pressuposto da escrita infantil de Emilia Ferreiro é importante informar que a criança encontra-se na hipótese silábica, pois ela estabelece relações entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro. Sua estratégia é a de atribuir a cada letra ou marca escrita (uma letra, pseudoletra ou até um número) o registro de uma sílaba falada, pois começa a perceber que a grafia representa partes sonoras da fala. No entanto, ainda enxerta letras no meio ou final das palavras por acreditar que, assim, está escrevendo corretamente. Nessa fase, seu maior conflito são as palavras monossílabas - para ela é necessário um número mínimo de letras para cada palavra.

Relato do Desempenho de Y.C
             
              Organizamos as imagens e as letras do alfabeto móvel ilustrado sobre a mesa, separando-as, uma de cada lado, entretanto para darmos início ao jogo, solicitamos que a criança pegasse a letra inicial do seu nome, sendo a letra Y,  e que nos mostrasse. Em seguida pedimos que ele pegasse as demais letras que formasse seu nome, mas ele teve muitas dificuldades, ficando muito confuso, e mostrou-nos apenas a letra Y, não encontrando as demais letras. Diante disso, percebemos que o menino desconhece quase todas as letras do alfabeto, exceto o Y do seu nome,  então resolvemos fazer  de uma forma diferente, utilizando somente as imagens, sendo assim, perguntamos se ele sabia o nome de cada imagem que indicávamos, porém ele falava os nomes, corretamente, mas quando pedíamos para que ele  procurasse  na mesa a letra inicial correspondente ao nome da figura , o mesmo não conseguia  associar, trocando todas as letras.
              Contudo, podemos afirmar que essa criança têm dificuldades com as letras, primeiramente, devido a sua idade, estando em fase de desenvolvimento, e segundo a hipótese de Emília Ferreiro essa dificuldade acontece porque ele ainda não compreendeu a função da escrita e ainda confunde a escrita com desenhos.




5. Devolutiva aos Pais de T.S

  O fundamento para a verificação dessa devolutiva foi à observação e às anotações realizadas durante o período destinado às sessões de atendimento psicopedagógico, concluímos que T.S é uma criança bastante inquieta, mas que está compatível com o nível de desenvolvimento para sua faixa etária pré-operatória (05 anos), em relação a Lecto escrita encontra-se no nível pré-silábico, escrita diferenciada com o valor sonoro inicial, nas atividades realizadas ela fez registros diferentes entre palavras decompondo a quantidade e a posição e  fazendo variação nos caracteres, pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todos elas.
             
              Vale salientar que para a reconstrução de suas hipóteses quanto escrita e leitura, sugerimos a exploração dos conhecimentos já atingidos por T.S com elogios, felicitações por suas realizações e estímulo para tentar fazer de formas diferentes. O mister do lúdico nessa fase da vida é de ampla proficuidade, pois as crianças nessa faixa etária fazem agregações, entre o fantasioso e o real, então jogo de adivinhações, alfabeto móvel, recorte, música, dramatizações, fantoches, entre outras atividades motivadoras, perpetrarão com que se divertindo ela possa aprender e que tal aprendizagem seja de fato expressiva, porque dessa maneira ela própria construa o seu conhecimento.

5.1 Devolutiva aos Pais de Y.C

  A base para a verificação dessa devolutiva foi à observação e as anotações realizadas durante o período destinado as sessões de atendimento psicopedagógico, onde concluímos que Y.C é uma criança que encontra-se com muitas dificuldades de aprendizagem, pois apresenta na sua fala uma disfluência fisiológica, o que pode ocasionar um distúrbio na sua leitura e escrita. Todavia, acreditamos que o mesmo encontra-se na hipótese de escrita infantil pré-silábica nível 1 de Emília Ferreiro, pois ele apresenta baixa diferenciação entre a grafia das palavras e escreve de acordo com o tamanho do que está representado.

  É importante ressaltar que para a reconstrução de suas hipóteses quanto às suas dificuldades na escrita e na leitura, sugerimos a exploração dos conhecimentos já apreendidos por Y.C com bastante prudência, elogiar por suas realizações e extremo estímulo com ludicidade para tentar fazer de forma diferente, evitar que aja bullying, primordialmente na sua escola regular, porque essa considerada agressão física e verbal também pode ocasionar um grande problema psicológico na criança ocasionando sérias consequências na sua aprendizagem.


5.2 Devolutiva  à  Instituição.
           
              A entrevista de Devolução segundo Weiss (2007) não é um momento isolado do diagnóstico, mas uma parte de um processo iniciado com o primeiro contato telefônico e parte de um processo que se prolonga no tratamento.
          
              Com o objetivo de proporcionarmos as decorrências da avaliação psicopedagógica realizadas durante o período proposto às sessões de atendimento para com as duas crianças, T.S e Y.C, realizamos as observações e as anotações durante todos os atendimentos para melhor entendermos, sobre o relacionamento de questões de cunho afetivo, social e intelectual.
  Vale salientar que no decorrer da analise feita com T.S constatamos que ela é uma criança que não se concentra, pois nunca terminava uma atividade proposta sem que tivéssemos que convencê-la a retornar às tarefas, em relação às habilidades perceptivo-motoras, não apresenta dificuldades na audição ou visão, convive sem afeto por parte da sua mãe, tem carinho do pai somente quando ele aparece, fazendo parte de uma família totalmente desestruturada, demonstra-se ser muito carente, pois chora por qualquer motivo, mas tem um imaginário bastante avançado para sua faixa etária.
  Contudo, conclui-se que em relação às provas operatórias de Piaget, parte delas,  a paciente apresentou resultados acima do esperado para sua idade.
  Em relação a analise feita com Y.C constatamos que ele apresenta muitas dificuldades de aprendizagem principalmente por causa da sua fala, pois não consegue soletrar vocábulos e devido a isso não diferencia vogal de consoante, e em relação às habilidades perceptivo-motoras, não apresenta dificuldades na audição ou visão, concentra-se muito bem nas atividades, convive com bastante afeto, mas não há colaboração nas atividades educacionais por parte da família.
  Diante dos atendimentos realizados, pode-se observar que o paciente  possui dificuldades quanto à competência linguística, apresentando leitura precária , dificuldades na escrita das palavras, e trocas de diversas letras diante das tarefas propostas.
Entretanto, conclui-se que em relação às provas operatórias de Piaget, parte delas o paciente apresentou resultados abaixo do esperado para sua idade.

  Assim como a aprendizagem, o corpo também está em desenvolvimento e precisa de atividades, até como meio de conduzir a energia típica da idade, sugerimos para as duas crianças as atividades escolares, um reforço pedagógico, jogos de adivinhações, alfabeto móvel, recortes, música, dramatizações, fantoches, atividades periódicas (ditado, escrever no quadro); mais um recinto onde o lúdico predomine, e que de forma diferenciada, eles possam realizar atividades que venham a desenvolver os seus conhecimentos prévios, e fazer com que eles consigam  adquirir outros, participando efetivamente dessa construção. Sugere-se, para T.S um acompanhamento psicopedagógico, como forma de facilitar a reabilitação da mesma,  a um desenvolvimento cognitivo correspondente à sua faixa etária; ou seja, facilitar para que a criança minimize suas dificuldades de aprendizagem, afetividade, atenção e concentração.  Já para Y.C, sugere-se além do acompanhamento psicopedagógico, um fonoaudiólogo como forma de aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos, da linguagem oral e escrita, da fluência,  e da articulação da fala, facilitando no desenvolvimento da sua aprendizagem.
 
              Findando, para o desenvolvimento físico relacionado à disciplina e a boa conduta da vivacidade, sugerimos para as crianças o trabalho multidisciplinar na realização das atividades, tendo em vista que essas atividades requerem um nível elevado, atividades físicas, capoeira, futebol, vôlei, balé, música, a fim de melhorar a concentração,  tranquilidade disciplinar  por parte de T.S, adquirindo  êxitos nas suas realizações, sendo que os dois possam obter um suporte psicopedagógico sempre ativo para sanar as dificuldades de aprendizagem salientadas; bem como, observar as práticas educativas dos professores como forma de excluir quaisquer hipóteses de dificuldades de ensino.





























6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
                      
              Compreendendo os aspectos especificados, podemos firmar que a psicopedagogia demanda os ensejos das dificuldades da ação de aprender, ponderando o indivíduo em suas múltiplas grandezas. Diante da organização deste trabalho de estágio clínico, consistiu-se em evidenciar a realidade dos estudos de caso, que tiveram como finalidade avaliar e conhecer os problemas de aprendizagem, possibilitando a nós,  pós-graduandas, uma perspectiva aprofundada sobre o verdadeiro sentido do trabalho psicopedagógico clínico. Assim sendo, o desígnio desse trabalho teórico e prático foi de avaliação, para que conseguíssemos averiguar a competência das aprendizagens das crianças.
              Cabe informar que os fundamentais aspectos trabalhados com as crianças foram: Área Emocional, Área Cognitiva, Área Perceptivo-Motora, sendo que na área emocional foram trabalhadas várias técnicas como: observação do comportamento das crianças através de desenhos e enfrentamento das situações novas. Na área cognitiva, as crianças demonstraram através das avaliações das provas Piagetianas, onde os seus desenvolvimentos se encontram dentro do esperado de acordo com suas idades cronológicas, no entanto,  em alguns momentos apresentaram oscilações. Intervimos em linha reta relacionada à alfabetização, trabalhando todas as letras do alfabeto até a compreensão de sucintos textos. Quanto à área perceptivo-motora foram desenvolvidas várias técnicas: investigação da leitura e da escrita, (EOCA), porém nesta área diante dos procedimentos empregados apenas uma das crianças apresentou déficits de competência de leitura e escrita, sendo necessárias mais intervenções na questão da alfabetização, sendo Y.C.
              Consequentemente, diante dos aspectos significativos nesses casos, podemos assegurar que o objetivo foi alcançado, entretanto, sugerimos que a menina T.S seja encaminhada para um acompanhamento psicológico e também psicopedagógico, pois podemos informar que na área cognitiva detectou-se alterações importantes quanto à sua atenção, não se concentrando em nenhuma atividade proposta, no nível emocional  foi percebido sentimentos de: desproteção, abandono, e baixa autoestima, além de insegurança nas relações familiares e sociais,  impedindo assim, vínculos importantes para o seu desenvolvimento afetivo; a angústia, o medo e as tensões são direcionadas para área corporal nos surtos de impaciência, e até agressividade.
              Em relação a Y.C, sugerimos que ele seja encaminhado para uma fonoaudióloga, pois sua maior dificuldade encontra-se na sua fala, impedindo seu desenvolvimento na sua aprendizagem, entretanto, podemos assegurar que na área cognitiva, ele não apresenta alterações relacionada à sua atenção, memória, antecipação, classificação e percepção; poucas dificuldades nas relações espaço-temporais, mas apresenta dificuldades em conceitos de números – que evidencia um estágio de pensamento operacional-concreto inicial com predomínio no intuitivo; deficiências quanto à competência linguística, pois não identifica vogais, não reconhece  as consoantes, e não faz relação entre grafema e fonema, apresentando leitura e escrita no nível pré-silábico nível 1. Todavia no nível emocional não foi percebido sentimentos de desconfiança, desproteção, abandono, apenas tem medo de dormir sozinho e tem enurese noturna.
              Desta forma, foram realizadas onze (11) sessões psicopedagógicas com as crianças, e com o objetivo de aprimorarmos ainda mais os nossos conhecimentos relacionados às dificuldades apresentadas pelas crianças, acompanhamos T.S juntamente com sua avó numa consulta médica com o especialista em psiquiatria Josicélin Fonseca na cidade de Barro Preto Bahia, com intuito de detectarmos informações que pudéssemos obter êxito; a cerca de determinados assuntos, bastante pesquisados e explorados, proporcionando um estudo minucioso e de sensibilização para um resultado satisfatório e significativo, ampliando ricamente nosso leque de conhecimentos na área psicopedagógica, tanto no âmbito pessoal, como no profissional, mostrando-nos assim que “Psicopedagogia” não é estática  no tempo, e sim acreditar que o aprendizado está em constante mudança.





REFERÊNCIAS

·         ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

·         BOSSA, N. A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2000.

·         CASTILLO, H.V. A leitura de textos literários vs textos científicos por leitores incipientes. In: WITTER, G. P. (Org) Leitura: textos e pesquisas. Campinas: Alínea, 1999
·
·         COUTINHO, M. T. C.; MOREIRA, M. Psicologia da educação: um estudo dos processo psicológicos do desenvolvimento e aprendizagem humanos, voltado para a educação – ênfase nas abordagens interacionistas do psiquismo humano. 10. Ed. Rev. e Ampl. Belo Horizonte: Lê, 2004.

·         FERREIRO, Emilia. A escrita … antes das letras in: SINCLAIR, Hermine (Ed.) A produção de notações na criança: linguagem, número ritmos e melodias. São Paulo: Cortez Editora, 1990.

·         GOKHALE, S.D. A Família Desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30, ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980.

·         GRAFF, Maria Angelica Hadad, 2012, site  http://www.oaltotaquari.com.br/
           Portal/2012/06/roer-unhas-e-ansiedade/


·         MERY, Janine.Pedagogia Curativa, Escolar e Psicanálise.Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

·         MONTESSORI, Maria. A criança. Rio de Janeiro: Nórdica, 1983, 256 p.

·         MURRAY, F.P. (1980).  A história de uma pessoa que gagueja. Danville. Interestadual  gráficas e editoras.

·         PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

·         PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 2a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

·         ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
·
·         SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 1994.

·         SOARES, Magda. (2001). Letramento: um tema em três gêneros. 2ª ed. B. H.: Autêntica.

·         VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

·         VISCA, Jorge. O diagnóstico operatório na prática psicopedagógica. São José dos Campos: Pulso Editorial, 2008.

·         WEISS, Maria Lucia L. Psicopedagogia Clínica – uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: 12ª edição, 2007

·         ZORZI, J.L. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: questões clínicas e educacionais. Porto Alegre, ArtMed, 2003.