segunda-feira, 27 de julho de 2015

Morte e Vida Severina em Animação [Completo]

sábado, 23 de maio de 2015

SINAIS DE PONTUAÇÃO - 6º ANO



  


Sinais de Pontuação


Observando um diálogo entre as pessoas, percebemos que elas utilizam de gestos, e

pausas para expressar suas ideias.

Mas será que quando lemos este diálogo, de que maneira os gestos e pausas são apresentados? Observe:

A menina perguntou o que sua mãe fazia. Ela respondeu:
- Estou fazendo brigadeiro para sua festa de aniversário.
-Nossa mamãe, que legal! Vou convidar todos os meus amigos para participarem!
Sua mãe falou:
- Ficarei muito contente com a presença deles!
Identificamos alguns sinais de pontuação para indicar a fala dos personagens, e cada um tem uma função diferente. Por isso estudaremos detalhadamente sobre todos:
Ponto final:
Serve para indicar o final de uma frase

Ex: Mariana adora ir ao cinema.

Ponto de interrogação:
Indica uma pergunta

Ex: Você não quer passear comigo?

Ponto de exclamação:
Indica alegria, espanto, irritação, medo, tristeza

Ex: Que delícia! Este bolo é maravilhoso!

Vírgula
Serve para indicar uma pequena pausa na leitura, separar elementos em uma frase e para separar o nome do lugar, na escrita de datas.

Ex: Goiânia, 22 de fevereiro de 2009.
Hoje vamos ao cinema, almoçar na casa de meus avós, ao parque de diversões, e ao teatro.

Ponto e vírgula
Indica uma pausa maior que a vírgula

Ex: Precisamos estudar bastante; essa semana teremos avaliações todos os dias.

Dois pontos:
São usados para:

* Fazer explicações sobre algo:
Gostaria de fazer algo diferente: viajar para a praia.

* Indicar uma relação: No meu colégio há: quadra de esportes, piscina e salão de festas.

* Indicar a fala de um personagem em um diálogo:

Mamãe disse: - Filho, tome cuidado!

Reticências:
São usadas para indicar uma interrupção de pensamento

Eu gosto de você, mas...

Aspas
Indicam a fala de outra pessoa no texto, servem para destacar pontos importantes como nomes estrangeiros, gírias, e outros.

«Eu sou o maior»
«O Ponto Final, a Vírgula e o Ponto de Interrogação tentavam descobrir qual deles era o mais importante.

- Quem é que faz todas as perguntas? Quem é que põe todas as dúvidas? Alguém duvida que o mais importante sou eu? - disse o Ponto de Interrogação.
- Eu sou a resposta a todas as perguntas. O fim de todas as discussões. Eu sou o mais importante - disse o Ponto Final.
- E tu serves para quê? - perguntou o Ponto de Interrogação à Vírgula. E a Vírgula respondeu:
- Experimentem dizer: “Ana Teresa Maria José Rita Sofia eram da mesma família!”.
Sem mim, quantos irmãos tem a família?
- Seis - disse o Ponto Final.
- Serão mesmo seis? - perguntou o Ponto de Interrogação.
- Comigo, podem ser apenas três: “Ana Teresa, Maria José, Rita Sofia”. Mas também podem ser quatro: “Ana, Teresa, Maria José, Rita Sofia”. Sem mim, nunca saberão.
- Pronto - disse o Ponto Final.
- Digamos que valemos todos o mesmo. Sem pontos, vírgulas e pontos de interrogação, as palavras andavam todas perdidas pelo meio das histórias».
                                           Sinais de pontuação
            Os sinais de pontuação servem para mostrar as marcas sonoras em um texto escrito. Sem esses sinais de pontuação não conseguiríamos entender um texto escrito.
A herança
            Um homem rico esta muito doente. Sentindo que sua hora estava chegando, pediu papel e caneta e escreveu:
“Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”
            Mas antes de pontuar sua frase ele morreu. Para quem o falecido deixou sua fortuna? Eram quatro concorrentes.
            Nesse mesmo dia todos foram chamados para decidir o impasse.
·                     O sobrinho pontuou da seguinte forma:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”
·                     Já a irmã pontuou assim:
“Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres”
·                     O padeiro fez a pontuação que julgou correta:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.”
·                     E um representante dos pobres, com mais estudo, fez sua versão:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro”
            Como não entrou-se em acordo o caso foi parar no tribunal. O juiz decidiu que a herança deveria ficar com os pobres.


Interpretação de texto

   1)   Qual é o assunto principal do texto?:
          a)    (    ) a herança     b)   (    ) a pontuação       c)    (    ) a família
                                                                                
2)   Quantos personagens estão disputando a herança?
       a)    (    ) 6        b)   (    )             c)    (    ) 10

3)   Qual é o título do texto? Quem é o autor?
_______________________________________________________________

4)   Qual é a diferença que as diversas pontuações trouxeram ao texto?
_______________________________________________________________
5)   Os sinais de pontuação são diferentes? Justifique.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6)   Diga como se chama e qual a função dos sinais abaixo.
a)    ?_____________________________          b)   !______________________________
d)   .___________________________________e)    ..._________________________
f)    –  ______________________________       g)    ,__________
7   Se você fosse o juiz o que faria? Justifique.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------8)  Como você pontuaria esse texto se fosse.
Esse presente é para meu neto não para minha neta também não penso em dá-lo para Renata minha melhor amiga não é para meu filho jamais será dado para minha nora Elisa

a)    Se você fosse o neto-------------------------------------------------------------------------

b)   Se você fosse à neta------------------------------------------------------------------------------
c)    Se você fosse Renata-----------------------------------------------------------------------------
d)   Se você fosse o filho-----------------------------------------------------------------------------
e)    Se você fosse Elisa-------------------------------------------------------------------------------
















DIAGNÓSTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA-6º ANO



Diagnóstico de Língua Portuguesa 6º ano, sondagem de conhecimentos prévios sobre interpretação textual.

                                 





  LIBERDADE

                Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, a ela se tem levantado estátuas e monumentos, por ela se tem até morrido com alegria e felicidade.
Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos bisavós gritavam: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade!”; nossos avós cantaram: “Ou ficar a Pátria livre/ ou morrer pelo Brasil!”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade!/ abre as asas sobre nós”, e nós recordamos todos os dias que “o sol da liberdade em raios fúlgidos/ brilhou no céu da Pátria...” – em certo instante.
Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.
Ser livre – como diria o famoso conselheiro... é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado – é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso.)
Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.
Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...)
Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!...) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!...
Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida.
E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da Liberdade nas mãos!...
São essas coisas tristes que contornam sobriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor as suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato
Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos, que falam de asas, de raios fúlgidos – linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel...
 MEIRELLES, Cecília. Escolha o seu sonho: crônicas. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. .

01. O texto afirma que :
(A) a escravidão depende das escolhas das pessoas.
(B) a liberdade de um acaba onde começa a liberdade de outrem.
(C) as criaturas combatem a liberdade com entusiasmo juvenil.
(D) os sentimentos sombrios deslumbram a liberdade.

02. O resultado de ser livre é
(A) ampliar a órbita( trajetória) da vida.
(B) cantar a liberdade como nossos avós.
(C) viver sem sonhar.
(D) viver sem qualquer obrigação.

03. A liberdade é tão fundamental ao homem que
(A) certamente se prefere a morte à liberdade.
(B) com liberdade tudo se consegue na vida.
(C) onde não há liberdade não há pátria.
(D) sem liberdade não se constrói coisa alguma.
04. Em “Ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado (....)”, os termos destacados se referem a pessoas que
(A) comportam-se de forma imprevisível( inesperada).
(B) desobedecem às regras e às convenções. .
(C) fazem só o que os outros lhes determinam
(D) sabem muito bem o que devem realizar.

05. No segundo parágrafo do texto, entende-se que a Liberdade é
(A) a inspiração para cantos antigos e
(B) o bem mais precioso do homem.
(C) um bem esquecido por nossos parentes.
 (D) uma luta que, às vezes, vale a pena travar.

06.A questão central tratada no texto é
(A) a emoção dos antepassadas.  (B) a felicidade das pessoas

(C) a liberdade humana.              (D ) o combate à escravidão.




Projeto de Literatura- 2ª Fase do Modernismo no Brasil




Projeto de Literatura: Autores e obras da 2ª fase do Modernismo



1ª ETAPA- RESERVAR O PRIMEIRO MOMENTO PARA APRESENTAR À TURMA AS BIOGRAFIAS DOS RESPECTIVOS AUTORES ATRAVÉS DE LEITURAS. SENDO ELES:
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, VINICIUS DE MORAES E CECÍLIA MEIRELES .

2ª ETAPA-NESSA ETAPA, DIVIDA A CLASSE EM PEQUENOS GRUPOS. CADA UM DEVE ESCOLHER UM AUTOR PARA DISCUTIREM E APRESENTAREM.

3ª ETAPA- OS ALUNOS EM GRUPO, DEVEM PRODUZIR ENTREVISTAS ENVOLVENDO DOIS DOS AUTORES , REALIZANDO PERGUNTAS RELACIONADAS AS SUAS BIOGRAFIAS E SUAS OBRAS.

4ª ETAPA- RETEXTUALIZAR DE MÚSICA PARA PROSA :VINICIUS DE MORAES- GAROTA DE IPANEMA  E DEPOIS APRESENTAR

5ª ETAPA-  SELECIONAR UMA CANÇÃO UTILIZANDO AS POESIAS DOS RESPECTIVOS AUTORES. O GÊNERO MUSICAL FICARÁ A CRITÉRIO DO GRUPO: ROCK, PAGODE, FORRÓ, MPB, FUNK , ETC.



Biografia de Carlos Drummond de Andrade:

Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) foi poeta brasileiro. "No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho". Este é um trecho de uma das poesias de Drummond, que marcou o 2º Tempo do Modernismo no Brasil. Foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira de Mato Dentro, interior de Minas Gerais, no dia 31 de outubro de 1902. Filho de Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade, proprietários rurais. Estudou no colégio interno em Belo Horizonte, em 1916. Doente, regressa para Itabira, onde passa a ter aulas particulares. Em 1918, vai estudar em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, também no colégio interno.
Em 1921, começou a publicar artigos no Diário de Minas. Em 1922, ganha um prêmio de 50 mil réis, no Concurso da Novela Mineira, com o conto "Joaquim do Telhado". Em 1923 matricula-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Em 1925 conclui o curso. Nesse mesmo ano casa-se com Dolores Dutra de Morais. Funda "A Revista", veículo do Modernismo Mineiro.
Drummond leciona português e Geografia em Itabira, mas a vida no interior não lhe agrada. Volta para Belo Horizonte, emprega-se como redator no Diário de Minas. Em 1928 publica "No Meio do Caminho", na Revista de Antropofagia de São Paulo, provocando um escândalo, com a crítica da imprensa. Diziam que aquilo não era poesia e sim uma provocação, pela repetição do poema. Como também pelo uso de "tinha uma pedra" em lugar de "havia uma pedra". Ainda nesse ano, ingressa no serviço público. Foi auxiliar de gabinete da Secretaria do Interior de Minas.
Em 1930 publica o volume "Alguma Poesia", abrindo o livro com o "Poema de Sete Faces", que se tornaria um dos seus poemas mais conhecidos: "Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução". Faz parte do livro também, o polêmico "No Meio do Caminho", "Cidadezinha Qualquer" e Quadrilha". Em 1934 muda-se para o Rio de Janeiro, vai trabalhar com o Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Em 1942 publica seu primeiro livro de prosa, "Confissões de Minas". Entre os anos de 1945 e 1962, foi funcionário do Serviço Histórico e Artístico Nacional.
Em 1946, foi premiado pela Sociedade Felipe de Oliveira, pelo conjunto da obra. O modernismo exerceu grande influência em Carlos Drummond de Andrade. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida, e de humor. Drummond fazia verdadeiros "retratos existenciais", e os transformava em poemas com incrível maestria. Carlos Drummond de Andrade foi também tradutor de autores como Balzac, Federico Garcia Lorca e Molière.
Em 1950, viaja para a Argentina, para o nascimento de seu primeiro neto, filho de Julieta, sua única filha. Nesse mesmo ano estreia como ficcionista. Em 1962 se aposenta do serviço público mas sua produção poética não para. Os anos 60 e 70 são produtivos. Escreve também crônicas para jornais do Rio de Janeiro. Em 1967, para comemorar os 40 anos do poema "No Meio do Caminho" Drummond reuniu extenso material publicado sobre ele, no volume "Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de Um Poema".
Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, doze dias depois do falecimento de sua filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.
                   Obras


No Meio do Caminho, poesia, 1928
Alguma Poesia, poesia, 1930
Poema da Sete Faces, poesia, 1930
Cidadezinha Qualquer e Quadrilha, poesia, 1930
Brejo das Almas, poesia, 1934
Sentimento do Mundo, poesia, 1940
Poesias e José, poesia, 1942
Confissões de Minas, ensaios e crônicas, 1942
A Rosa do Povo, poesia, 1945
Poesia até Agora, poesia, 1948
Claro Enigma, poesia, 1951
Contos de Aprendiz, prosa, 1951
Viola de Bolso, poesia, 1952
Passeios na Ilha, ensaios e crônicas, 1952
Fazendeiro do Ar, poesia, 1953
Ciclo, poesia, 1957
Fala, Amendoeira, prosa, 1957
Poemas, poesia, 1959
A Vida Passada a Limpo, poesia, 1959
Lições de Coisas, poesia, 1962
A Bolsa e a Vida, crônicas e poemas, 1962
Boitempo, poesia, 1968
Cadeira de Balanço, crônicas e poemas, 1970
Menino Antigo, poesia, 1973
As Impurezas do Branco, poesia, 1973
Discurso da Primavera e Outras Sombras, poesia, 1978
O Corpo, poesia, 1984
Amar se Aprende Amando, poesia, 1985
Elegia a Um Tucano Morto, poesia, 1987
Informações biográficas de Carlos Drummond de Andrade:
Idade: 112 anos
Data do Nascimento: 31/10/1902
Data da Morte: 17/08/1987
Nasceu há 112 anos
Morreu aos 84 anos
Morreu há 27 anos



Biografia de Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antônio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo.
Vinicius de Moraes (1913-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho de funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz. Desde cedo, já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio jesuíta, Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja, onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1933, ano de sua formatura, publica "O Caminho Para a Distância". Não exerceu a advocacia. Trabalhou como censor cinematográfico, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e foi para Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939.
Várias experiências conjugais marcaram a vida de Vinicius, casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Suas esposas foram Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e a última Gilda Matoso.
Em 1943 é aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Escreve o livro "Cinco Elegias". Serviu sucessivamente em Paris, em 1953, em Montevidéu, e novamente em Paris, em 1963. Volta para o Brasil em 1964. É aposentado compulsoriamente em 1968, pelo Ato Institucional Número Cinco.
De volta ao Brasil, dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".
Compôs a trilha sonora do filme Orfeu Negro, que foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1961, compõe Rancho das Flores, baseado no tema Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Com Edu Lobo, ganha o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira, com a música "Arrastão".
A parceria com o músico Toquinho foi considerada a mais produtiva. Rendeu músicas importantes como "Aquarela", "A Casa", "As Cores de Abril", "Testamento", "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra Três".
É preciso destacar também sua participação em shows e gravações com cantores e compositores importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Creuza, Miúcha e Maria Bethânia. O Álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve vários intérpretes, cantando músicas de cunho infantil. Esse Álbum originou um especial para a televisão.
A produção poética de Vinícius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como expressa em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e Exegese". A segunda fase vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher".
Vinícius também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção" alinha-se entre os maiores poemas de denúncia da literatura nacional: Pensem na crianças/Mudas telepáticas/Pensem nas mulheres/Rotas alteradas/Pensem nas feridas /Como rosas cálidas.
Marcus Vinícius de Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.


Obra de Vinícius de Moraes
O Caminho Para a Distância, poesia, 1933
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia, 1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro, drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética
Novos Poemas II
Idade: 101 anos
Data do Nascimento: 19/10/1913
Data da Morte: 09/07/1980
Nasceu há 101 anos
Morreu aos 66 anos
Morreu há 34 anos
Última atualização do biografia de Vinicius de Moraes: 01/04/2015.



Biografia de Cecília Meireles


Cecília Meireles (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro "Espectros". Participou do grupo literário da Revista Festa, grupo católico, conservador e anti modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência.
A maioria de suas obras expressa estados de ânimo, predominando os sentimentos de perda amorosa e solidão. Uma das marcas do lirismo de Cecília Meireles é a musicalidade de seus versos. Alguns poemas como "Canteiros" e "Motivo" foram musicados pelo cantor Fagner. Em 1939 publicou "Viagem" livro que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras.
Cecília Meireles (1901-1964) nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901. Órfã de pai e mãe, aos três anos de idade passa a ser criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Fez o curso primário na Escola Estácio de Sá, onde recebeu das mãos de Olavo Bilac a medalha do ouro por ter feito o curso com louvor e distinção. Formou-se professora pelo Instituto de Educação em 1917. Passa a exercer o magistério em escolas oficiais do Rio de Janeiro. Estreia na Literatura com o livro "Espectros" em 1919, com 17 sonetos de temas históricos.
Em 1922 casa-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Viúva, casa-se pela segunda vez com o engenheiro Heitor Vinícius da Silva Grilo, falecido em 1972. Estudou literatura, música, folclore e teoria educacional. Colaborou na imprensa carioca escrevendo sobre folclore. Atuou como jornalista em 1930 e 1931, publicou vários artigos sobre os problemas na educação. Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro.
Cecília Meireles lecionou Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas, em 1940. Profere em Lisboa e Coimbra, conferência sobre Literatura Brasileira. Publica em Lisboa o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria. Em 1942 torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. Realiza várias viagens aos Estados Unidos, Europa, Ásia e África, fazendo conferências sobre Literatura Educação e Folclore.
Cecília Benevides de Carvalho Meireles morre no Rio de Janeiro no dia 9 de novembro de 1964. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Cecília Meireles é homenageada pelo Banco Central, em 1989, com sua efígie na cédula de cem cruzados novos.

Obras de Cecília Meireles

Espectros, poesia, 1919
Nunca Mais... e Poema dos Poemas, 1923
Baladas Para El-Rei, poesia, 1925
Viagem, poesia, 1925
Viagem, poesia 1939
Vaga Música, poesia, 1942
Mar Absoluto, poesia, 1945
Evocação Lírica de Lisboa, prosa, 1948
Retrato Natural, poesia, 1949
Amor em Leonoreta, poesia, 1952
Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, poesia, 1952
Romanceiro da Inconfidência, poesia, 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara, poesia, 1955
Pístóia, Cemitério Militar Brasileiro, poesia, 1955
Canção, poesia, 1956
Giroflê, Giroflá, prosa, 1956
Romance de Santa Cecília, poesia, 1957
A Rosa, poesia, 1957
Eternidade em Israel, prosa, 1959
Metal Rosicler, poesia, 1960
Poemas Escritos Na Índia, 1962
Antologia Poética, poesia, 1963
Ou Isto Ou Aquilo, poesia, 1965
Escolha o Seu Sonho, crônica, 1964
Crônica Trovoada da Cidade de San Sebastiam, poesia, 1965
Poemas Italianos, poesia, 1968
Inéditos, crônica, 1968

Idade: 113 anos
Data do Nascimento: 07/11/1901
Data da Morte: 09/11/1964
Nasceu há 113 anos
Morreu aos 63 anos
Morreu há 50 anos

                                                         Música I: Garota de Ipanema
Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça

É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço, caminho do mar

Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema

O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, por que estou tão sozinho?

Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse que quando ela passa

O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor



Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá
Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar
Vinicius de Moraes
MOTIVO
CECILIA MEIRELES

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, - não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada.
NO MEIO DO CAMINHO- DRUMMOND
No meio do caminho tinha uma pedra
 tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
 tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.














 ALUNOS DO 3º ANO ENSINO MÉDIO- ESCOLA COMUNITÁRIA ALZAIR MARTINS DA SILVA 













terça-feira, 14 de abril de 2015

A HERANÇA BRASILEIRA DAS VANGUARDAS - TEXTO PARA ANÁLISE " O PASTOR PIANISTA"


   


A principal herança das vanguardas europeias para a literatura brasileira, além da influência localizada que algumas delas exercem sobre certos poetas e escritores, é o impulso de destruir os modelos arcaicos, desafiar o gosto estabelecido e propor um olhar inovador para o mundo. Ruptura e transformação - dois termos que definem bem o espirito da primeira geração modernista, como veremos nos próximo estudos.

Justamente porque tiveram em comum o desejo de questionar posturas convencionais e coragem para ousar, não se pode falar em uma “ tradição” específica das vanguardas. Seria até uma contradição pensar que movimentos tão desafiadores estabeleceriam “ padrões” a serem seguidos em momentos futuros. Seu legado foi a irreverência diante de todo e qualquer padrão preestabelecido.

Com suas propostas agressivas, iconoclastas, desafiadoras, as vanguardas libertam a arte dos modelos que, durante séculos, dominaram o olhar dos artistas para a realidade. 

Em resumo, criaram uma nova arte para um novo mundo e uma nova humanidade.


                                          Texto para análise



                   O Pastor Pianista




Uma estranha situação é apresentada neste poema: pianos são “ pastoreados”

Soltaram os pianos na planície deserta

Onde as sombras dos pássaros vêm beber.

Eu sou o pastor pianista,

Vejo ao longe com alegria meus pianos

Recortarem os vultos monumentais

Contra a lua.

Acompanhado pelas rosas migradoras

Apascento os pianos: gritam

E transmitem o antigo clamor do homem.

Que reclamando a contemplação

       Sonha e provoca a harmonia,

       Trabalha mesmo à força,

       E pelo vento nas folhagens,

       Pelos planetas, pelo andar das mulheres,

       Pelo amor e seus contrastes,

      Comunica-se com os deuses.
 
                                      MENDES, Murilo. Poesia liberdade.

In: Poesia completa e prosa. Organização de Luciana Stegagno
Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.v. 1.p.343.