ROMANTISMO
O Romantismo foi o movimento
artístico e cultural que marcou a ascensão da burguesia e da individualidade,
nos séculos XVIII e XIX.
O Romantismo foi um movimento estético e
cultural que revolucionou a sociedade nos séculos XVIII e XIX, deixando para
trás valores clássicos e inaugurando a modernidade nas artes. As obras
românticas baseavam-se, então, em valores da burguesia, classe social que
substituía a elite absolutista em diversos países.
Autores
O Romantismo é um dos
maiores movimentos de arte do século XVIII e XIX. Por isso, centenas de autores
fizeram parte da arte romântica. É possível destacar, dentre eles, os
escritores
Goethe, da Alemanha; Lord
Byron, da Inglaterra; Camilo Castelo Branco e Almeida Garret, de Portugal;
Victor Hugo, da França; Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves e José
de Alencar, do Brasil.
Johann Wolfgang von Goethe é
um dos grandes nomes do Romantismo alemão e o autor de “Os sofrimentos do jovem
Werther”.
Johann Wolfgang von Goethe é
um dos grandes nomes do Romantismo alemão e o autor de “Os sofrimentos do jovem
Werther”.
Características
O Romantismo, em cada país,
tem suas particularidades. Entretanto, é possível perceber alguns valores
comuns em várias nações que desenvolveram essa estética, a saber:
Egocentrismo (o indivíduo é
encarado como o centro do mundo);
Sentimentalismo exacerbado; Nacionalismo;
Idealização do amor e da mulher; Tom depressivo (típico de diversos autores
românticos, sendo facilmente encontrável, entre eles, um discurso que exalta a
fuga da realidade, seja pela morte, seja pelo sonho ou ainda pela própria
arte).
Assistam o vídeo aula https://www.youtube.com/watch?v=PyUy_9mKGCk&list=RDCMUCwSxSJqGpSRpEsq5-YUbM8g&index=1
EXERCÍCIOS
Leia
o poema de Almeida Garrett.
Seus
olhos
Seus
olhos - se eu sei pintar
O
que os meus olhos cegou -
Não
tinham luz de brilhar,
Era
chama de queimar;
E o
fogo que a ateou
Vivaz,
elemo, divino,
Como
facho do Destino.
Divino,
eterno! - e suave
Ao
mesmo tempo: mas grave
E de
tão fatal poder,
Que,
um só momento que a vi,
Queimar
toda alma senti...
Nem
ficou mais de meu ser,
Senão
a cinza em que ardi.
Da leitura do poema, depreende-se que se trata de obra do
a.Barroco, no qual se identifica o escapismo psicológico.
b.Arcadismo. no qual se identifica a contenção do
sentimento.
c.Romantismo, no qual se identifica a idealização da
mulher.
d.Realismo, no qual se identifica o pessimismo extremo.
A Escravidão
Se é
Deus quem deixa o mundo
Sob
o peso que o oprime,
Se
ele consente esse crime,
Que
se chama escravidão,
Para
fazer homens livres,
Para
arrancá-los do abismo,
Existe
um patriotismo
Maior
que a religião.
Se
não lhe importa o escravo
Que
a seus pés queixas deponha,
Cobrindo
assim de vergonha
A
face dos anjos seus,
Em
delírio inefável,
Praticando
a caridade,
Nesta
hora a mocidade
Corrige
o erro de Deus!
Considerando a temática abordada no poema, é correto afirmar
que ele se enquadra no movimento romântico
a.condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema
Navio Negreiro, aborda a questão da escravidão no Brasil.
b.indianista, a exemplo de Gonçalves Dias que. com o
poema I - Juca Pirama, analisa a condição dos excluídos socialmente.
c.ultrarromântico, a exemplo de Fagundes Varela que, com
o poema Cântico do Calvário, mostra o sofrimento do negro no Brasil.
d.condoreiro, a exemplo de Castro Alves que, com o poema
Vozes d'África. exalta a força e a simpatia dos negros africanos.
e.ultrarromântico, a exemplo de Casimiro de Abreu que,
com o poema Meus oito anos. recorda a escravidão que conhecera na infância.
03. ENEM 2010
Soneto
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embaide no macio encosto
Tento o sono reter!... já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
AZEVEDO. A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para alem desse momento especifico. O fundamento desse lirismo é
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