domingo, 12 de abril de 2015

O MODERNISMO E SEUS GRANDES ESCRITORES


O movimento modernista  foi culturalmente rico no Brasil e incidiu intensamente sobre as artes e a vida social nacional no início do século XX, especialmente na esfera literária e nas artes plásticas. Em nosso país ele nasceu a partir da influência exercida pelo Cubismo e o Futurismo, vanguardas da Europa surgidas na era que precedeu a Primeira Grande Guerra. No Brasil, porém, os artistas enfatizaram temas próprios da vida cultural local. A Semana de Arte Moderna, produzida em 1922 na cidade de São Paulo, é considerada o marco inicial do Modernismo brasileiro. Esta escola é caracterizada pela livre escolha estilística e a proximidade da língua oral. Costuma-se estabelecer três etapas para o Modernismo: a primeira, mais intensa e contundente; a segunda, conhecida também como a Geração de 30, integrada por escritores e poetas de grande renome e importância; e a terceira, classificada igualmente como Pós-Modernista, e por esta razão será enfocada em um próximo texto.






Tarsila configurou a linha de frente na pintura modernista brasileira, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro mais famoso é Abaporu - significa "homem que come carne humana" -, de 1928, que inaugura o movimento antropofágico (de "digerir" e incorporar outras culturas) no Brasil. 


Operários, de Tarsila do Amaral


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Cite as biografias dos respectivos autores  do Modernismo na primeira fase( 1922 a 1930)? 

E os autores da segunda fase ( 1930 a  1945) ? 

9 comentários:

  1. EXCELENTE PERÍODO DE TRANSFORMACOES

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Pode-se entender o Modernismo como um movimento literário e artístico que teve início no século XX com o objetivo de romper com o tradicionalismo. Buscavam a libertação estética, a experimentação constante e, acima de tudo, a independência cultural do país. No Brasil, o Modernismo deu seus primeiros passos com a Semana de Arte Moderna em 1922 na cidade de São Paulo. Era um movimento que buscava a libertação e a identidade cultural para o Brasil.
    Um dos principais escritores deste período foi Graça Aranha, irei destacar os principais aspectos de sua biografia.

    Graça Aranha
    Fundador da Cadeira 38. Recebeu o Acadêmico Sousa Bandeira.
    José Pereira da Graça Aranha nasceu em 21 de junho de 1868, na capital do Estado do Maranhão, filho de Temistocles da Silva Maciel Aranha e de Maria da Glória da Graça. Faleceu no Rio de Janeiro, em 26 de janeiro de 1931.
    Formado em Direito exerceu a magistratura no interior do Estado do Espírito Santo, fato que lhe iria fornecer matéria para um de seus mais notáveis trabalhos - o romance Canaã, publicado com grande sucesso editorial em 1902.
    Ao traçar-lhe o perfil o romancista Afrânio Peixoto se manifestara da seguinte forma: "Magistrado, diplomata, romancista, ensaísta, escritor brilhante, às vezes confuso, que escrevia pouco, com muito ruído."
    Na França publicou, em 1911, o drama Malazarte. De 1920, já no Brasil, é A estética da vida e, três anos mais tarde, A correspondência de Joaquim Nabuco e Machado de Assis.
    Na famosa Semana da Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, Graça Aranha profere, em 13/02/1922, a conferência intitulada: "A emoção estética na arte moderna".
    Iniciou-se uma fase agitada nos círculos literários do país. Graça Aranha é considerado um dos chefes do movimento renovador de nossa literatura, fato que vai acentuar-se com a conferência "O Espírito Moderno", lida na Academia Brasileira de Letras, em 19 de junho de 1924, na qual o orador declarou: "A fundação da Academia foi um equívoco e foi um erro".
    O romancista Coelho Netto deu pronta resposta a Graça Aranha: "O brasileirismo de Graça Aranha, sem uma única manifestação em qualquer das grandes campanhas libertadoras da nossa nacionalidade, é um brasileirismo europeu, copiado do que o conferente viu em sua carreira diplomática, apregoado como uma contradição à sua própria obra."
    Em 18 de outubro de 1924, Graça Aranha comunicou o seu desligamento da Academia por ter sido recusado o projeto de renovação que elaborara: "A Academia Brasileira morreu para mim, como também não existe para o pensamento e para a vida atual do Brasil. Se fui incoerente aí entrando e permanecendo, separo-me da Academia pela coerência."
    Diplomata aposentado, Graça Aranha regressara ao Brasil pouco depois do término da 1ª. Guerra Mundial.
    O Acadêmico Afonso Celso tentou, em 19 de dezembro do referido ano, promover o retorno de Graça Aranha às lides acadêmicas. Este, contudo, três dias depois, agradeceu o convite, acrescentando: "A minha separação da Academia era definitiva", e, mais: "De todos os nossos colegas me afastei sem o menor ressentimento pessoal e a todos sou muito grato pelas generosas manifestações em que exprimiram o pesar da nossa separação".
    Em 1930 surgia Viagem Maravilhosa, derradeiro romance do autor de Canaã, obra em que a opinião dos críticos da época se dividiu em louvores e ataques.

    Acesso em: 13/04/2015 ás 13H56Min

    Graça Aranha é considerado um dos chefes do movimento renovador de nossa literatura, expressa a intenção de mostrar que toda sua vida se pauta no impulso de libertação, o que aproxima, em essência, a imagem que constrói de si e a dos protagonistas de seus romances, outro ponto marcante de sua produção é a valorização da imaginação através da citação a lendas em suas obras.
    Portanto, Graça Aranha nunca se entregou completamente ao movimento modernista, sempre buscou a originalidade em suas obras.

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  4. Saulo Jonas Borges Costa13 de abril de 2015 às 15:35

    Paulo Menotti Del Picchia, nascido em São Paulo no dia 20 de março de 1892 e morreu em 23 de agosto de 1988, aos 96 anos, foi um poeta, jornalista, tabelião, advogado, político, romancista, cronista, pintor e ensaísta brasileiro.
    Filho dos imigrantes italianos Luigi Del Picchia e Corinna Del Corso, com cinco anos de idade mudou-se para a cidade de Itapira, interior de São Paulo, onde foi aluno de Jacomo Stávale. Fez seus estudos ginasiais no Colégio São José, em Pouso Alegre, Minas Gerais. Bacharelado em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, formado em 1913. Foi diretor de A Noite e A Cigarra, entre 1920 e 1940, além de diversos outros jornais e revistas. Com Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros jovens artistas e escritores paulistas, participou da Semana de Arte Moderna de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Foi um dos mais combativos militantes da estética modernista.
    Menotti Del Picchia já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Carlos Gregório no filme "O Homem do Pau-Brasil" (1982) e Ranieri Gonzalez na minissérie "Um Só Coração" da Rede Globo de Televisão (2004).
    Criou crônicas como O pão de Moloch (1921) e A mulher que pecou (1922), poesias como Poemas do vício e da virtude (1913) e Moisés (1917), romances como Laís (1921) e Dente de Ouro (1923) e até peças de teatros como Suprema conquista, Jesus, Máscaras e A fronteira.
    A importância histórica de Menotti del Picchia para o Modernismo brasileiro é consensualmente reconhecida: para além de ter sido o responsável pela apresentação dos pressupostos estéticos durante a Semana de Arte Moderna, o autor militou em favor do movimento em sua coluna diária no Correio Paulistano, tornando-se assim um de seus principais cronistas.

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  5. Aluno: Matheus Rodrigues
    3º A Turno: Matutino
    Oswald de Andrade

    José Oswald de Sousa Andrade nasceu em 1890 e morreu em 1954.
    Foi jornalista, poeta, romancista e autor de peças teatrais.
    Escreveu poesias originais com humor, ironia e com uma linguagem coloquial, deixando de lado o purismo e artificialismo.

    Como era crítico e debochado estava sempre pronto para satirizar a burguesia (classe de onde veio).

    Oswald defendia a valorização de nossas origens e de nosso passado. Buscava uma língua brasileira que incorporasse os “erros” gramaticais, que para ele eram verdadeiras contribuições para a definição da nacionalidade.Oswald propunha uma ruptura com os padrões da língua literária culta.

    Revoltou-se contra a poesia que se limitava a obedecer e copiar certas fórmulas e padrões consagrados pelos tradicionalistas.

    OBRAS

    - Poesias Reunidas
    - Memórias Sentimentais de João Miramar (1924): baseada em algumas experiências do autor. A obra narra a história de um burguês paulista e todas as suas experiências (estudos, viagens, casamento, crises, etc)
    - Serafim Ponte Grande
    - Os condenados (romance): gênero que mais despertou o interesse de Oswald de Andrade. Esse romance marca a estréia de Oswald na prosa em 1922. Esse é o primeiro volume da Trilogia de Exílio. Também fazem parte dessa trilogia: Estrela do Absinto (1927) e Escada Vermelha (1934).

    Em 1930, o escritor lança três importantes textos dramáticos:

    - O homem e o cavalo (1934)
    - O rei da vela (escrita em 1933 e publicada em 1937): peça mais conhecida dessa trilogia.
    - A morta (1937)

    Oswald morreu em São Paulo em 1954 e sua poesia é considerada em exemplo de renovação na linguagem literária.

    Ele e Mário de Andrade foram os principais responsáveis pela implantação e definição da nossa literatura moderna.

    Não eram parentes, apesar do sobrenome, foram amigos por 12 anos (de 1917 ate 1929), porém, depois se separaram e ninguém sabe a razão.

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  6. MUITO BEM TURMINHA ! CONTINUEM PESQUISANDO !!!

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  7. Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a ideia de que todas as relações humanas são regidas pela violência.

    Em 1894, a família muda-se para Buíque (PE), onde o escritor tem contacto com as primeiras letras.

    Em 1904, retornam ao Estado de Alagoas, indo morara em Viçosa. Lá, Graciliano cria um jornalzinho dedicado às crianças, o "Dilúculo". Posteriormente, redige o jornal "Echo Viçosense", que tinha entre seus redatores seu mentor intelectual, Mário Venâncio.

    Em 1905 vai para Maceió, onde freqüenta, por pouco tempo, o Colégio Quinze de Março, dirigido pelo professor Agnelo Marques Barbosa.
    Com o suicídio de Mário Venâncio, em fevereiro de 1906, o "Echo" deixa de circular. Graciliano publica na revista carioca "O Malho" sonetos sob o pseudônimo de Feliciano de Olivença.

    Em 1909, passa a colaborar com o "Jornal de Alagoas", de Maceió, publicando o soneto "Céptico" sob o pseudônimo de Almeida Cunha. Até 1913, nesse jornal, usa outros pseudônimos: S. de Almeida Cunha, Soares de Almeida Cunha e Lambda, este usado em trabalhos de prosa. Até 1915 colabora com "O Malho", usando alguns dos pseudônimos citados e o de Soeiro Lobato.

    Em 1910, responde a inquérito literário movido pelo Jornal de Alagoas, de Maceió. Em outubro, muda-se para Palmeira dos Índios, onde passa a residir.
    • Caetés (1933);
    • São Bernardo (1934);
    • Angústia (1936);
    • Vidas Secas (1938);
    • A Terra dos Meninos Pelados (1939);
    • Brandão Entre o Mar e o Amor (1942);
    • Histórias de Alexandre (1944);
    • Infância (1945);
    • Histórias Incompletas (1946);
    • Insônia (1947);
    • Memórias do Cárcere, póstuma (1953);
    • Viagem, póstuma (1954);
    • Linhas Tortas, póstuma (1962);

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  8. Aluno: Diêgo Marcelino
    3° A Matutino
    Autor Modernista: Guilherme de Almeida

    Guilherme de Almeida (1890-1969) foi poeta brasileiro. O primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº 15. Era membro da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto de Coimbra e do Seminário de Estudos Galegos de Santiago de Compostela. Foi também advogado, jornalista e tradutor.

    Guilherme de Almeida (1890-1969) nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 24 de julho de 1890. Filho de Estevam de Almeida, jurista e professor de Direito, e de Angelina de Andrade. Ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, onde formou-se em 1912.

    Estreou na poesia com a obra Nós, em 1917. Sonetista exímio, hábil manejador de versos, recebeu fortes influências de Olavo Bilac e do português Antônio Nobre. Difundiu a Poesia Moderna proferindo a conferência "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", nas cidades de Fortaleza, Porto Alegre e Recife. Participou da Semana de Arte Moderna, fundando em seguida, a revista "Klaxon".

    Guilherme de Almeida foi redator do jornal O Estado de São Paulo e do Diário de São Paulo. Foi diretor da Folha da Manhã e da Folha da Noite. Fundou o Jornal de São Paulo. Traduziu treze livros de poesia. A crítica ressaltava a excelência de suas traduções. Sabia grego, latim e muito da cultura renascentista. Publicou 26 livros de poesia. Envolveu-se na Revolução Constitucionalista de São Paulo, sendo exilado em Portugal, em 1932.

    Guilherme de Andrade e Almeida morreu em São Paulo, no dia 11 de julho de 1969.

    Obras de Guilherme de Almeida

    Nós, 1917
    A Dança das Horas, 1919
    Messidor, 1919
    Livro de Horas de Sóror Dolorosa, 1920
    Era Uma Vez, 1922
    A Flauta que Eu Perdi (Canções Gregas), 1924
    Natalika, prosa, 1924
    A Flor que Foi um Homem, 1925
    Encantamento, 1925
    Meu, 1925
    Raça, 1925
    Simplicidade, 1929
    Gente de Cinema, prosa, 1929
    Você, 1930
    Carta à Minha Noiva, 1931
    Cartas que Eu não Mandei, 1932
    O Meu Portugal, prosa, 1933
    Acaso, 1938
    Cartas do Meu Amor, 1941
    Poesia Vária, 1947
    Histórias, Talvez..., prosa, 1948
    O Anjo de Sal, 1951
    Acalanto de Bartira, 1954
    Camoniana, 1956
    Pequeno Cancioneiro, 1956
    Rua, 1961
    Cosmópolis, prosa, 1962
    Rosamor, 1965
    Os Sonetos de Guilherme de Almeida, 1968

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  9. Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

    Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

    O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

    Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

    Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.


    Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

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